sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Ford Galaxie Landau 1981 Limosine

                     Nos dias de hoje, de internet, a palavra amigo se tornou tão banalizada que praticamente perdeu seu significado. Chego ao ponto de acreditar que devam existir pessoas desta nova geração que não saibam o que significa esta palavra, tal é a quantidade de asneiras que eu vejo por aí.
                     Nem tão antigamente, lá pelos anos 70, época que comecei a me relacionar com pessoas longe do círculo familiar, e , portanto, por minha livre escolha, foi que, lentamente, errando muito, acertando algumas poucas vezes, fui formando um pequeno rol de grandes amigos.
                Por experiência própria lhes digo, os maiores inimigos da palavra amigo são a inveja, falsidade e a cobrança. Pra mim, estas três características do ser humano, ou melhor, a ausência delas, são fundamentais para uma amizade harmoniosa, com pesos iguais.
                    Amigos verdadeiros são aqueles que não se tem poder de escolha, não se acha em redes sociais, muito menos são meramente apresentados por outras pessoas. O destino, e tão somente ele, sem interferência humana,  se encarrega de apresenta-los, de uma forma natural, em que automaticamente a empatia se apresenta, leve e sem cobranças, tudo, totalmente prazeroso! Uma regra básica que percebi ao longo da minha existência: Deixe cada um ser da forma que é, sem pedir, sem cobrar. Quando houver este tipo de afinidade, terás um amigo, simples e natural, mas... verdadeiro!!
                  Bom, lembrando esta história de hoje, seria impossível não re-lembrar de dois grandes amigos.  Dedico esta postagem, simples, que é apenas uma dentre tantas outras "indiadas" que passamos juntos, em homenagem aos gringuinhos, ou, irmãos Leandro e Chico Pellegrini! Estes dois amigos, com toda certeza, fizeram, e espero que continuem fazendo, grande diferença na minha passagem. Entre tantos que conheci, são dois homens honrados!! Sei de certeza, posso contar caso um dia precisar! Espero que saibam que a recíproca é total e verdadeira de minha parte. Se um dia precisarem, seja por qual motivo for (eles sabem do que estou falando), podem  contar com minha total gratidão, por toda vida.

                    Nas centenas, talvez milhares de vezes  que passei por Porto Alegre,  por vezes, quando havia tempo disponível,  passava em uma determinada grande avenida, propositalmente! Precisamente em frente a um enorme estacionamentos de carros, estes que se paga por hora, dia ou mês.
                   Neste determinado endereço, em certa época, descobri abandonado um enorme "navio" ancorado no pátio. Bom, não era bem um navio, mas sim um Galaxie Landau, ou melhor, dois, literalmente grudados!!! Parado lá dentro, ao relento, a enorme centopeia parecia, pelo menos nas vezes em que passei por lá e cruzamos nossos olhares, acompanhar tudo e todos que passavam no outro lado do muro. O enorme carro acompanhava o movimento que havia do lado de fora, querendo sair! Ao mesmo tempo, eu, todas as vezes que passava ali, ao contrário dele, olhava para dentro, sempre querendo entrar.
                   Ao longo dos meses  acompanhei e severa ação que o tempo ia lhe impondo. Primeiro foram os pneus que murcharam, em seguida, o limo foi lentamente cobrindo a pintura! Depois,  o mato foi crescendo em sua volta, ate o dia em que sua imponente estrutura do passado foi dando lado a uma enorme montanha de sucata! Não tenho ideia de quantas vezes passei em frente esta garagem, mas sempre imaginei que o carro fosse do dono do estabelecimento.
                    Com o passar do tempo, um dia estava "meio de folga", resolvi parar e olhar de perto aquele gigante. O terreno era descoberto na sua maior parte, apenas nas laterais e no fundo ficavam os box, cobertos apenas com telhado de uma aba. O terreno era todo murado nas laterais, mas com uma altura relativamente baixa, medindo mais ou menos 1,50m. Na entrada do terreno, não tinha portão, quando estava fechado, tinha uma corrente que atravessava o vão, impedindo os veículos de passar. 
                    Bom, o Galaxie estava na parte descoberta do terreno, perto do muro, em um local onde não atrapalhava a passagem dos carros. Ao entrar no estacionamento, fui direto para onde estava o meu objeto de desejo, chegando lá, comecei a analisar a barbaridade que tinham cometido com o Galaxie, ou melhor, com dois Galaxies. Pois tinham cortado dois carros ao meio, e implantado um ao outro, no meio destes! Uma deles, era um Landau 1981, branco, que provavelmente seria o doador do numero do chassi e documentos.  O outro, pela cor, era um Landau chumbo metálico, ano 78 ou 79.
                    Bom, o(s) carro(s) tinha(m) motor, caixa hidramática, diferencial e suspensão completos, tudo no lugar. Para sair rodando, faltava o eixo cardãn, bateria, radiador e os bancos. Na minha cabeça já estava maquinando e fazendo contas de quanto custaria para colocar o animal para rodar. Entre as duas metades do Landau branco/chumbo, ou seja, exatamente atrás das portas dianteiras e na frente da traseira, colocaram mais uma porta dianteira do outro Galaxie. Se olhando o carro de lado, de lateral, o carro parecia ter três portas!! Só que esta do meio, a implantada, estava soldada. Aparentemente até parecia que o acabamento final ficaria bom, pois até os vincos das portas coincidiam, mas... olhando o carro assim como estava, inacabado, era feio de ver!
                    Quanto a estrutura do chassi, foi muito bem feita. Já vi alguns outros Landaus transformados em Limosine e não gostei do que fizeram no chassi. Neste, mandaram dobrar chapas em perfil, até mais espessas que a do próprio chassi original, só que de um tamanho um pouco menor, e encaixaram este perfil por dentro e por fora do chassi original! Um reforço estrutural para ninguém colocar defeito! Com certeza não apresentaria problemas futuros.
                  Os minutos vão passando e eu atento aos detalhes do carro, quando, de repente, uma mão bateu no meu ombro e disse:"-Cara, o que tu estas fazendo aí?? Eu disse:"Nada, só olhando"!!Ele: "Este carro é teu??" Eu disse:"-Não, me desculpe, só estava olhando... é que trabalho com peças destes carros e... pensei... será que o dono não vende??"  O cara olhou pra mim com uma cara estranha, desconfiada, me pediu que esperasse ali, ele iria ligar para o dono da garagem e perguntar se o carro era de venda.
                    Tudo bem, continuei ali olhando o carro por mais alguns minutos até que o guardador retornou. Disse ele que seu chefe queria falar comigo, que se eu pudesse esperar por uma meia hora, ele viria ao meu encontro. Disse a ele que sim e por lá fiquei. Quase uma hora depois, eu já estava começando a achar tudo aquilo estranho demais, pois se o cara tinha intenção de vender o carro, que falasse e pronto. Outra coisa que não saia da minha cabeça foi a primeira coisa que o sujeito me perguntou: "Este carro é teu??" Porque esta pergunta??? Naquela hora já  estava me roncando as tripas e pensando que o melhor a fazer era ir embora, me mandar da li. Mas... foi neste instante que o guardador de carros me chamou e disse que seu patrão me aguardava no escritório.
                     Sem vontade alguma de ir, fui conduzido até o escritório do cara. Chegando lá, um senhor me recebeu, até que cordialmente, e me fez uma sabatina à respeito do Galaxie!! Eu, sem entender nada, apenas lhe repeti o que já havia dito ao seu funcionário, que o meu interesse era comprar o carro para desmanchar, pois trabalhava exclusivamente com peças de Galaxie e Dodge.  Ele em silêncio, me encarou por alguns instantes e finalmente mudou o rumo das perguntas. Queria saber onde morava, meu nome completo, meu telefone, CPF, RG, etc, etc e tal. Eu estava meio nervoso antes, depois do rumo que a conversa tomou, já tava achando que ia dar polícia no negócio!! Foi então que o sr. resolveu abrir o jogo comigo.
                      O dono da garagem disse que acreditava em mim e me explicou o porque de tantas perguntas. Disse que há alguns anos, em certa madrugada, alguém entrou com o Galaxie para dentro da garagem, colocou no melhor box que tinha e foi embora, silenciosamente!! Na manhã seguinte, quando o funcionário que cuida do estacionamento chegou, encontrou aquela aberração de carro, semi-partido e emendado, na garagem. Ligou para o dono perguntando à respeito e este disse que não tinha ideia de quem seria.
                      Os meses foram passando e o dono do galaxie nunca deu notícias, deixando o carro lá! O proprietário da garagem investigou por algum tempo quem seria o (mau)elemento que deixou o carro no box! Com o passar do tempo, acabou descobrindo que o carro seria de um pipoqueiro, estes que tem carrocinhas de pipoca e vendem na rua. Este, tentou fazer o Galaxie Limusine! Mas como provavelmente não dispunha de recursos para tal feito, abandonou o projeto. Na real, este cara era um peladão e não tinha dinheiro para trocar a roda da carrocinha de pipoca, que dirá, para concluir o carro. O chinelão não tinha onde guardar o Galaxie, então  em uma madrugada qualquer viu a garagem aberta, e resolveu que ali seria um ótimo lugar para guarda-lo, de graça!! Resumindo, empurrou o banheirão/galochão lá pra dentro!! É mole?? 
                      O proprietário da garagem me contou que foi  para cima do pipoqueiro, pedindo as diárias do carro, que já duravam anos, e que o mesmo teria que tirar o carro de lá! O pipoqueiro então disse a ele que não era o dono do carro e que iria processa-lo por calúnia!! Vejam bem, virou uma lambança de lavadeiras!! Quando um cara tira pra ser chinelo, a gente tem de esperar de tudo!! Bom, me disse o dono da garagem que aquela pendenga já se estendia por anos, e que, apesar de ter tido outras propostas de compra do Galaxie, nunca vendeu para evitar incômodos futuros. Quando eu cheguei me oferecendo para compra-lo, ele logo achou que eu teria sido mandado pelo pipoqueiro, para tentar comprar o carro por uma bagatela e não pagar as diárias corridas do estacionamento.
                     Bom, tudo esclarecido e como eu era de outra cidade, me falou que iria consultar o advogado dele e depois entraria em contato comigo. Naquela hora percebi que não estava errado quando achei estranha a atitude do guardador no meu primeiro contato. Ali tinha um angu muito grande!!!
                      Passaram-se uns trinta dias, o proprietário da garagem me ligou! Disse que quando eu fosse à Porto Alegre, para passar lá para acertarmos o negócio. Alguns dias depois eu estava lá! 
                      Bom, foi uma negociação muito lucrativa para mim, embora tensa, muito tensa!! Cheia de regras e pormenores, mas, depois de muita conversa, naquele dia, entramos de comum acordo em vários quesitos, sendo um deles, que eu iria buscar o Galaxie em um sábado pela manhã, bem cedo. O dono da garagem tinha certeza, mas certeza mesmo, que quando o galaxie saísse do estacionamento, o dono iria aparecer re-querendo sua posse, no mesmo dia!! Mas, mesmo assim, me disse que eu fosse descansado, que seus advogados estavam cuidando do negócio e que eu não precisaria me preocupar, afinal, não perderia nada.
                      No sábado seguinte pela manhã, pelas 5hr, eu e os dois irmãos Pelegrini, Chico e Leandro, meus incansáveis ajudantes, "ancoramos" na frente da garagem!! Nós, a bordo de um LeBaron que eu tinha, que faria o trabalho pesado de  transladar o Galaxie limosine, no cambão, até Taquara!!
                     Bom, entramos com o LeBaron para dentro do estacionamento e parei ao lado do Galaxie. O dodge ficou pequeno ao seu lado!!! A barca era enorme!!Quando o Leandro e o Chico viram o tamanho do Galaxie, o caco que era, se olharam, balançaram a cabeça, olharam pra fim e falaram: "Tu é louco da cabeça!!!" Literalmente se apavoraram!!! Exclamaram em bom tom que iriamos nos suicidar no trajeto!! Me chamaram de insano, por inúmeras vezes!! Por várias razões, uma delas por querer uma porcaria daquelas. E também achavam muito perigosa a nossa viagem, pois o Galaxie não tinha freios. Confesso que eles não deixavam de ter razão , pois o carro rebocado em cambão , precisa de freio.  Tem obrigação de ajudar nas paradas, principalmente um gigante como aquele. Mas agora era tarde, nós iriamos fazer como eu tinha planejado, sem chance de voltar atrás!!
                     Dentro do LeBaron, tinham 4 rodas com pneus montados, de Galaxie, porque os dele estavam todos murchos, então , para ganhar tempo, levei pneus e rodas. E também um banco dianteiro, individual, de dodge, para colocar no Galaxie, pois o mesmo não tinha bancos. Caímos para dentro da garagem e começamos a trabalhar. Depois de aproximadamente uma hora de exaustivo divertimento, tudo pronto!!
                    Bom,  depois de todo aquele trabalho, pedi para o Leandro ir na boleia do Galaxie e o Chico iria comigo no LeBaron, de co-piloto! Avisei o dono da garagem que iria me mandar, paguei a quantia acertada e saímos daquele local arrastando o gigante da Ford!! O pessoal da garagem não sabia se ria de nós ou nos desejava sorte! Mas uma só certeza todos eles tinham, nos achavam retardados por fazer aquilo!
                    Passava das oito da manhã, as ruas e avenidas de Porto Alegre já apresentavam um movimento grande, e nós, com aquele "minúsculo" LeBaron puxando aquele monstro gigante no meio de todos. Parecia um rebocador puxando um transatlântico!
                    A pior parte do trajeto foi nas ruas da capital! Quando fechava alguma sinaleira ou o trânsito parava por engarrafamento, o LeBaron era literalmente arrastado pelo galaxie. O dodge não conseguia segurar o Galaxie, eu precisava olhar bem na frente, cuidando o trânsito. Em caso de uma parada brusca, já era, não iria parar. Foi realmente bem perigoso! Por diversas vezes, o Galaxie arrastou o Dodge por alguns metros antes de parar.
                    Mas, assim como tudo na vida, aos poucos a gente vai se acostumando com as dificuldades e a situação logo fica cômoda e, por vezes, divertida! As pessoas olhavam incrédulas, não acreditavam no excesso de comprimento que os dois ocupavam na rua, era quase um caminhão bi-trem. Mas seguimos em frente. Para evitar de entrar na auto-estrada (BR290), fiz um percurso bem maior dentro da metrópole. Da avenida onde saímos, fui até a av Assis Brasil e segui por ela até a cidade de Cachoeirinha, passando assim por baixo da BR290! Em Cachoeirinha, também pegamos um movimento bem grande na av principal, mas ainda assim, foi o melhor caminho até chegarmos a RS020.
                   Quando finalmente saímos da cidade e pegamos a RS020, estrada de pouco movimento, em direção à Taquara, chegou a me dar um alívio. Alguns quilômetros depois, em certa altura do trajeto, em um local bem descampado,paramos para apreciar os dois carros (cadê as fotos??? Não tem perdão!!) Uma visão espetacular. O engraçado é que naquela época a gente nem pensava em polícia rodoviária!!! Andando com um carro todo errado, sem documentos, sem sinalização, em uma viagem de 100km?? Loucura!!
                     Quando chegamos na metade do caminho, ou seja, quando saímos da zona de planície da capital e começamos a pegar subidas fortes que dão prévio início a serra gaúcha, é que pude sentir pela primeira vez na minha vida um dodge "quase" apanhar!!! Dificilmente alguém que viaje com qualquer dodge, troca de marchas em estrada. Naquele dia as trocas eram constantes e ininterruptas!! Era preciso extrair o máximo de potência em determinados pontos do trajeto!
                    Bom, depois de chegar em Taquara, fomos os três, direto para minha oficina largar o Galaxie! Logo após, levei os Gringuinhos para a casa deles e fui pra minha.
                     No outro dia, lá pelas 5hr da tarde, recebo uma ligação do dono do estacionamento, que me vendeu o Galaxie. Atendi o telefone, ele apenas me perguntou se tinha chegado em Taquara e se o carro estava guardado! Eu disse que sim, então ele me pediu que não saísse de casa, pois ele precisava falar comigo e estava vindo à Taquara!! Pensei, putz, entrou pedra na sopa!! Mas o que houve??
                    Passado uma hora e meia, duas, o cara bateu lá em casa. Sentamos para conversar e ele me disse: "-Tu não acreditas, mas uma hora depois que vocês saíram do estacionamento, o pipoqueiro foi até lá, me ameaçou, e quer o carro de volta!! Ele exige saber para onde foi o galaxie dele!!" Ele me disse então que falou ao pipoqueiro que tinha levado o carro para um outro depósito dele, em outra cidade! Junto a isto, já avisou o pipoqueiro que tinha um processo correndo na justiça, contra ele, cobrando as diárias de quase cinco anos de estacionamento do galaxie. O valor arrolado no processo daria para comprar uns 20 galaxies, inteiros!!! Era muito dinheiro!! Disse que o pipoqueiro branqueou os olhos e saiu de lá, mas resmungando muito!! Dá pra acreditar??? 
                    De qualquer forma, o dono do estacionamento tinha vindo até Taquara para me propor o seguinte: Queria me devolver o dinheiro que eu tinha pago a ele pelo galaxie, mas eu ficaria com o carro em minha oficina, sem poder desmancha-lo, até que os advogados dele dessem como resolvida a pendenga. Nem pensei muito, aceitei logo a proposta e peguei o dinheiro de volta, pois também não queria me envolver em pendengas por causa de uma sucata daquelas.
O Landau está lá virado contra o muro, já sem a frente completa. Da para ter uma ideia do que era, pois assim como está, sem a frente,  o comprimento é maior do que o do LeBaron
                     O homem então virou as costas e foi embora, disse que assim que resolvesse a questão, me procuraria. O tempo passou, e eu com aquela barca enorme me ocupando espaço!! Até que certo dia, alguns meses depois, o dono da garagem me ligou, disse que tinha ganho o carro na justiça, e ainda o pipoqueiro tinha uma dívida incalculável para com ele. Alguns dias depois , quando fui a Porto Alegre, passei lá, tomamos um bom café, rimos bastante do ocorrido, lhe paguei a quantia exata que tínhamos acertado algum tempo antes, sem juros ou correção!!!! Me despedi e fui embora. Nunca mais tive notícias deste homem. No local da antiga garagem, hoje tem um enorme posto de gasolina, com  várias lojas.
                     Na próxima postagem Dodge Magnum 79

23 comentários:

  1. Cuti meu amigo,
    você e suas histórias! Essa é muito boa, tanto pelo carro, pela viagem e pelo pipoqueiro!
    Pena realmente você não ter fotos do Landau limusine... Eu, quando casei, ganhei de um conhecido o transporte da minha noiva até a igreja e depois para a festa: era uma limusine Landau 80 branca, com interior todo em couro branco, enorme. Lembro até hoje de todo mundo brincando conosco ao ver aquele carro enorme. Bons tempos.
    Grande abraço amigo!

    Reinaldo
    http://reiv8.blogspot.com

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    1. Caro amigo Reinaldo
      Realmente, esta história reascendeu boas lembranças de como as coisas foram naquela época, como tudo era diferente. Se não fosse por este blog acabaria esquecendo de tudo isto.
      Verdade, um galaxie hoje, original, é enorme, imagina dois kkk
      Já te disse antes e retorno a dizer: É sempre um prazer ler teus comentários meu amigo
      Grande abraço

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  2. Boa Noite, Cuti. Que aventura deve ter sido andar por Porto Alegre com os 02 carros.Atualmente nem pensar em fazer isso.Na mexida a polícia já mandava parar e a Rodoviária então, nem se fala. Só nesses anos mesmo para acontecer um fato desses.Um maluco achar que poderia deixar o carro lá, na boa, e outro maluco querer comprar o carro,kkkkk.Faço um cálculo das conversas que rolaram no trajeto e os(gringos) quantos "Porcos" falaram.Só faltou as fotos mesmo, imperdoável.Abraços e até mais.

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    1. Bom dia amigo Jailson!
      Verdade, mesmo escrevi acima para o Rei, como tudo passa, as épocas mudam, nada vai ser como no passado. A vida foi totalmente diferente, só quem viveu aquela época pode imaginar. Nós , que passamos por ela, temos o parâmetro de hoje, constatamos a coisa sem graça que é.
      kkkkkkk, Aqui na região tem muitos "gringos" é hilário o modo que falam, gostoso de ouvir kkk
      Muito obrigado pelo comentário meu amigo
      Grande abraço

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  3. Grande Cuti como vai??
    Espero encarecidamente ser considerado teu amigo. No fundo eu sei que somos. Cara, impressionante como as melhores histórias, as mais inusitadas e mais engraçadas coisas acontecem contigo. Me lembro a história de outro Landau que ficava ao lado de uma igreja lembra??? Tinha um enrosco tremendo também hahaha muito bom. Otima postagem. Grande abraço da terra da garoa, apesar de aqui estar dias sem chover e a gente estar tomando a água do "volume morto" kkkkkk

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    1. kkkkkkk, fala meu AMIGO Bhartchello!!!!
      Com toda certeza tu és sim, fica tranquilo kkk
      Cara, acabei de comprar mais um galaxie, postei as fotos lá no fecebook , da uma olhada.
      Eu sou o rei das histórias "escalabrosas" tu sempre procurando um enrosco hehhe
      Muito obrigado pelo comentário e um grande abraço pra ti!
      Cuti

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  4. mais que um trabalho,uma diversão! isso não tem preço você é um cara de sorte :)

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    1. Prezado Nilo
      Exatamente, tive a grande sorte de poder fazer o que tive vontade, reconheço e agradeço.
      Muito obrigado pelo comentário
      Abraço

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  5. Os anos passam e tuas historias nunca morrem, elas apenas repousam no rico aposento de tuas memorias, embaladas pela saudade, esperando o momento certo para acordar os sonhos da gente! Te amo, meu autobiografo preferido!

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    1. Querida!
      Que seria de mim sem minhas lembranças? Agradeço todos os dias por ter tido oportunidades certas, para um dia, como hoje, poder escreve-las em minha história.
      Algumas delas, como a próxima, estão entre as mais importantes na minha caminhada, esta, justamente, por tu fazeres parte.
      Te amo, obrigado por por tudo.
      Cuti

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  6. Que pipoqueiro pilantra! O dono do estacionamento foi muito paciente até. Se fosse eu, colocaria o carro na rua poucos dias depois.

    Infelizmente a lei não ajuda muito quem está certo em situações como estas. Poderia ser decidido mais rapidamente.

    Mas realmente você foi bem maluco para comprar este carro, rsrsrsrs.

    Um forte abraço!

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    1. Fala meu amigo Leroi!
      kkk, É verdade, não conheci o tal do "pipoca" , mas, que é ou foi, um belo de um pilantra kkk
      Hoje com certeza não compraria, mas na época, sabe como é, guri novo, não tava nem aí.
      Grande abraço!

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  7. Luís Fernando Couto / NH29 de dezembro de 2014 às 13:38

    Boa tarde Cuti ! Esse pipoqueiro tava mal da cabeça . Pra ver como os carros eram muito baratos naquela época que o cara teve essa idéia ( cortou os carros e emendou ) . Povavelmente queria usar ela como aluguel e tal . Essa tua estória me fez lembra de uma vez que reboquei um Aero Willys que tive com um LeBaron branco de um amigo . Foram poucos quilômetros mas foi uma aventura também . Ótima narrativa !Grande abraço meu caro !

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    1. Fala Luís!
      Cara, com certeza, sujeito sem noção, assim como muitos por aí!
      Obrigado pelo comentário meu amigo
      Abraço

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  8. Oi, Cuti, quanto tempo! Gosto tanto das suas narrativas que reli todas nas minhas férias. Desejo que se anime para voltar a escrever, certamente muitas pessoas irão gostar. Você escreve muito bem e tem histórias ricas que se enriquecem ainda mais quando são compartilhadas. Releia a história da RD 350 e observe quanta emoção conseguiu passar com as palavras! Quanto ao Galaxie limusine, se valesse a pena restaurá-lo na época, teria ficado digno de cinema. Bom, Cuti, ficarei aguardando a postagem sobre o Magnum 79. E espero que não desista antes de contar a do Galaxie amarelo. Um forte abraço, amigo!

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    1. Bom dia Sandro!
      KK, agradeço as várias leituras!! Estou tão ocupado com construção aqui que não tenho, além de tempo, inspiração para escrever, mas logo logo posto alguma coisa. Quando tenho um tempinho também gosto de reler as histórias, me fazem relembra uma época muito boa. Mas particularmente gosto de reler os comentários kk
      Em breve posto algo
      Grande abraço

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  9. Oi cara! também espero que volte a escrever, acabei achando o blog pois sou filho mais novo do charles petry do qual você conheceu a demolidora petry pan!
    Adorei ler o nome do meu pai por aqui no meio do que ele mais gostava, carros!

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    1. Fala Arth
      Cara, que prazer ler teu comentário!! Teu pai foi uma figura ímpar aqui na cidade!! Um sujeito muito bacana e divertido, fizemos muitos negócios, principalmente quando ele tinha o ferro-velho. E acredite, o ferro velho dele foi uma inspiração para o meu. Quando eu era piá , sempre fui rato de ferro-velho, sonhava em um dia ter o meu. O do teu pai Charles, teve influência fundamental para um tempo depois fazer o meu.
      Grande abraço e muito obrigado pelo comentário!
      Cuti

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  10. Meu camarada é um prazer ler suas histórias, aguardo ansiosamente a próxima. Um abraço

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    1. Caro José Carlos
      Eu que agradeço a leitura e também aos elogios ao blog.
      Estou preparando postagem nova para a próxima semana.
      Grande abraço

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