sábado, 12 de abril de 2014

Dodge Dart 1979 Bege Cashmere conversível

                          Quando comecei a namorar a Valquíria, hoje minha mulher, unia o útil ao agradável procurando dodges e passeando aos finais de semana. Além das inúmeras qualidades dela como pessoa, ainda é muito parceira, aturando ate hoje minhas neuroses em relação aos carros.
                                Certa vez em um sábado à tarde, estávamos perambulando em Porto Alegre, lá pelos lados do bairro Boa Vista, mais precisamente próximo a praça do Japão. Este bairro é totalmente arborizado e bonito por natureza. Nós olhávamos as antigas casas residencias que ali existem, sonhando com a nossa! Quando de repente, vejo, lá no fundo do pátio de uma destas casas, um dodge atirado! Estava em baixo de uma grande árvore, quase que totalmente encoberto pelas folhas, ao lado da casa, mais para o fundo, um enorme galpão com um Aero Willys 2600 ao seu lado.
                          Imediatamente parei o nosso carro e me aproximei. Como a casa estava totalmente fechada e não se via movimento, fui lentamente me chegando para tentar enxergar melhor o dodge. Aos poucos, conforme ia me aproximando do dodge, ia tendo uma visão inacreditável. Era um Dart 79, Bege Cashmere, com a capota cortada. Quando parei ao seu lado, quase caí duro!
                            O enorme galpão ao lado da casa tinha uma das portas entreaberta, como a curiosidade era grande, fui até lá dar uma espiada! Ao chegar percebi que lá dentro existia uma grande oficina, bem antiga. Mas notava-se claramente que há muito estava sem movimento. Receoso de entrar, iniciei uma bateria de palmas e chamados, que, em instantes, rendeu frutos. Logo apareceu um senhor, de idade avançada, que, de pronto, me atendeu.
                          Me apresentei a ele e começamos a conversar.  Em um primeiro instante este senhor se demonstrou muito amigável e prestativo. Mas sua cara alegre e descontraída mudou completamente quando lhe perguntei a respeito do Dart! Imediatamente o mesmo fechou a cara e a conversa tomou outro rumo. Naquele momento ate pensei que o velho homem teria algum problema mental ou coisa assim, pois não tinha lhe ofendido e muito menos sido indelicado!
                           Se pairou no ar um silêncio, o clima ate então agradável ficou tenso! Após alguns instantes, o velho começou a me interrogar de forma agressiva, como se fosse um policial e eu... um bandido! Logo em seguida, como sou bem destrinchado e sei usar as palavras quando me convém , ele baixou a guarda. Assim, mesmo percebendo que ele agia defensivamente,  passamos novamente a conversar de uma forma mais civilizada.
                           Aos poucos, percebendo que eu realmente não conhecia nada daquele carro, passou a narrar uma fantástica história, quase inacreditável! Um dos mais impressionantes relatos, ao qual, tive enorme prazer de escutar!
                         O Dart Cashmere foi comprado zero quilometro para presentear a esposa de um milionário da capital. Esta senhora tinha um desejo ardente, possuir um carro conversível, então, após poucos meses de uso, no mesmo ano de ter sido tirado da agência, ou seja, no ano 1979, o carro foi mandado para uma grande oficina para executar o "criminoso" serviço. O Dart tinha baixíssima quilometragem, marcava no hodômetro 4500km!!!!
                            Segundo relato dele, depois de vários  meses, a oficina que cortou o teto não conseguiu implantar reforços estruturais nas longarinas do carro. O Dart ficou extremamente fraco e sem resistência. Então, sem concluir o serviço, o dodge ficou parado por dois anos no mesmo local. Depois de muita discussão entre o proprietário e o dono da oficina, o Dart foi levado para outra oficina. O proprietário então iniciou um longo processo judicial contra a primeira oficina. Conforme a pendenga judicial ia seguindo, foi decretado a esta outra oficina em que ele estava agora, a proibição de continuar e findar o serviço, pois o carro era prova material no processo judicial. 
                            Passados mais algum tempo, em torno de dois anos e meio, a segunda oficina como não podia mexer no dodge, mandou que o proprietário retirasse o carro de lá. E assim, mais uma vez o pobre Dart foi carregado. Sem ter onde coloca-lo, um amigo do proprietário, que era conhecido deste senhor que eu falava no momento, lhe pediu que deixasse o carro ao lado da oficina por alguns meses. Este, sem compromisso, disse que sim. Resumindo, o Dart foi mandado para a oficina deste senhor que eu conversava, por um amigo do proprietário do Dart.
                             Assim, os anos foram passando, a justiça lenta como sempre,  ninguém importou-se mais com o Dart Cashmere. O maravilhoso carro foi deixado de lado, e, com o passar do tempo, descartado como lixo.
                        Passaram-se mais alguns anos, o carro parado ao relento, embaixo da mesma árvore em que estava agora, sofrendo os pesados efeitos do tempo, apodreceu! 
                             Este senhor que eu conversava, perdeu o contato com o amigo do proprietário do Dart, que nunca mais apareceu! O dono, provavelmente desgostoso, abandonou o carro completamente.
                          Anos mais tarde, na tentativa desesperada de solucionar a questão, decidiu ir atrás do dono do carro. Segundo informações levantadas por ele, descobriu que, tanto o proprietário como a esposa, haviam morrido em um acidente de trânsito, passados já  alguns anos. Pensou ele:"-Fiquei com um abacaxi nas mãos!"
                             Me disse então, que no momento em que cheguei perguntando do Dart, ele achou que eu poderia ser mais um dos inúmeros chatos que iam até lá para comprar o carro, fazendo propostas indecorosas, ou talvez, algum parente dos donos. Algum tempo depois percebi que não foi bem este o motivo, mas, aí já é outra história.
Já desmanchado e empilhado, pena não ter algumas fotos dele rodando, ou quando eu o comprei.

Nota-se que existiam pontos de corrosão grandes por baixo dos para-choques e lanternas, lugares onde acumulava muita água.
                             Bom, depois de toda esta conversa, que durou umas duas horas, lhe fiz a pergunta que estava na ponta da minha língua, desde que cheguei lá: "-O senhor me vende este carro??" Ele prontamente me respondeu:-"Como vou vender? O carro não é meu!! E se eu te vendo ele e alguém aparece aqui para pega-lo??" Bom, lhe respondi que achava muito pouco provável alguém ir até lá para resgatar um carro velho, com o teto cortado e abandonado ao relento por mais de 10 anos. Além de que seu proprietário já era falecido. Quase impossível! O carro com certeza não teria mais como ser refeito, ainda mais naquela época, em que os valores eram banais.
                            Reconheço que quando coloco uma coisa na cabeça, viro um verdadeiro chato, fiquei insistindo na minha opinião, até que me caiu a ficha!! O velho queria vender o Dart, acredito que estava louco por se livrar daquela sucata! Estava só me fazendo acreditar que não podia, para elevar seu preço!!! Percebi isto quando começamos a falar em valores, tudo que eu oferecia, ele logo retrucava falando do risco. Neste momento lhe perguntei: "- Por quanto o senhor quer vender?? Me diga o preço e aí eu faço uma contra proposta".
                            Não lembro bem quanto foi o valor que ele me pediu, mas ofereci um pouco menos. Ele parou, me olhou por algum tempo e disse que iria pensar. Peguei o telefone dele e disse que iria ligar em dois dias. No dia marcado liguei e ele aceitou de pronto minha proposta, com a condição que eu levasse o carro durante a noite, ele tinha medo de que alguém visse que ele tinha vendido o carro.
                            Tentei explicar que tudo era loucura da cabeça dele, que um dodge inteiro não valia nada, imagine aquele. E também que eu iria desmanchar o carro, não iria rodar. E principalmente que o carro não tinha sinalização nenhuma, como eu iria rebocar um carro nestas condições à noite?? Durante o dia já era uma loucura! Então, acabou concordando.
                           Combinei com meus fiéis escudeiros e amigos Chico e Leandro Pellegrinni para irmos buscar o carro no sábado seguinte. E assim foi feito, por volta das 9:hr da manhã do sábado estávamos em frente a oficina onde estava o Dart Cashmere, comecei então a prepara-lo para a viagem de uns 120km até Taquara. Tínhamos ido com o LeBaron 80, cinza, que contei nas postagens passadas, que comprei na cidade de Parobé. Nesta época, o Lebaron ainda não tinha sido pintado, era horrível. Muitos podres, capô e pára-lamas de várias cores e tampa do porta-malas "pintado" de massa plástica! Era um zumbi!                                           Bom, conforme ia preparando o Dart para a viagem, percebia, em vários detalhes, que o carro havia parado ali novo!! Os estofamentos tinham o tecido original ainda, rasgados, mas originais. Os forros das portas pareciam peças novas, mas envelhecidas, não pelo uso, mas pelo tempo!! O Rádio toca fitas Chrysler no painel parecia que ainda funcionava. Até a almofada do painel estava intacta! Incrível!! Não parava de comentar com meus amigos/ajudantes, realmente estávamos diante de um crime, um carro novo abandonado!
                            As laterais do carro, portas e para-lamas tinham pintura original, com as listinhas originais. Assim como o capô e tampa do porta malas, apesar de estarem verdes de limo, mas impecavelmente lisos.
                          Bom, o dia foi passando e somente terminei os preparativos pelas 4:00hrs da tarde. Enfim, estávamos prontos para sair, pneus cheios, freios soltos e cambão atrelado nos dois dodges . Antes de irmos embora, o senhor ainda me ofereceu a Aero Willys que estava também abandonada ao lado do galpão, mas esta ficou lá! Então, paguei o homem e saímos em retirada, faceiros da vida! Coisa que eu adoro até hoje, é uma empreitada como esta. Tempo bom aquele!! Como me divertia trabalhando!
                            Eu e o Chico no LeBaron e o Leandro na direção do Dart, difícil imaginar a cena, era ridículo aquele carro conversível rodando, totalmente cheio de limo, podre, voando folhas de dentro. O LeBaron não ficava longe, pois eu ainda não tinha começado a arrumar os podres que tinha, então, eram dois dodges feios de vida.
                            Logo na saída, paramos em uma sinaleira de uma rua bem movimentada de Porto Alegre, se não me falha memória, rua Anita Garibaldi, pouco antes de chagar na avenida Carlos Gomes. As pessoas olhavam apavoradas para os dois carros. Nunca rimos tanto dentro de duas sucatas ambulantes. As pessoas gozavam de nós, ouvíamos dezenas de frases que deveriam ter sido escritas para poder lembrar hoje. Uns caras gritaram de dentro de um carro: -"O da frente é que está puxando ou é o de trás que esta empurrando??!!". Nós dávamos risadas. Outros gritavam:"-De onde desenterraram estes, tem mais????". Adiante mais  outros gritavam:"-O ferro velho mais próximo fica a tantas quadras!!!" ou outra, "Corre que vocês ainda alcançam o caminhão do lixo!!" E foi assim ate a saída de Porto Alegre, várias coisas deste gênero.
                             Imaginem este sucatão da foto abaixo, com um dos pára-lamas dianteiro verde, o outro branco, sem o bico de fibra com os faróis amarrados com arames. Eu tava pedindo para ser escrachado!


                            Bueno, a viagem transcorria maravilhosamente bem, sem problema algum. Que modéstias à parte, coisas como esta, eu domino plenamente. Quando entramos na RS20, passado o movimento, eu e o Chico começamos a escutar gritos, era o Leandro, que estava dirigindo o Dart, gesticulando e gritando para parar. Encostei na beira da estrada, descemos, atravessamos a pista e sentamos na macega alta do acostamento do lado oposto. Conversamos ali por bastante tempo, rindo, cabeça leve, sem nada dentro!! Cada vez que passava um carro, quase parava incrédulo com a visão, e nós, só risadas!!
                              Quando chegamos em Taquara já era noitinha, escurecendo fomos até minha oficina e largamos o Dart lá, levei meus comparsas para casa e fui para a minha.
                            No outro dia, chegando a oficina, a primeira coisa que fiz, foi examinar o Dart conversível. Pude notar claramente que o carro era novo!! Apesar do tempo, a suspensão do carro era imaculada, não tinha uma pequena folga, as balanças inferiores, que em um carro bastante rodado, sempre se nota alguma batida, pareciam novas!! O carro não tinha chaves, portanto o porta-malas não tinha sido aberto por mim. Depois de lidar um pouco, consegui abrir. Levei o maior susto do mundo, tinham várias caixas velhas e muita sujeira dentro, mas o mais impressionante, foi a família inteira de ratos que pularam para fora quando abri a tampa. Quase pularam em meu rosto, os bichinhos estavam apavorados. Tinham feito uma grande viagem, e por certo, não sabiam onde estavam!! E nem passagem pagaram!!
                           No mesmo dia fiz o motor funcionar, me apavorei pelo estado, um motor muito justo e afinado, nem velas troquei. A caixa de 4m era justa como se fosse nova. Decidi então, que antes de desmancha-lo, daria algumas voltas pela cidade com aquele carro.
No dia em que saí com ele para a primeira volta, improvisei um meio teto de lona na parte dianteira. Parece um daqueles Jipes de safari!! 

Um carro que não rodou 5000km, empilhado e sucateado. Tem cada história com estes dodges que fico até abobalhado!
                          Então acabei por fazer uma revisão geral no carro, suspensão e motor. Lavei bem o carro com escova e OMO, não foi nada fácil tirar o limo que estava impregnado na lata. Por dentro passei lava jato até nos bancos!! Bom, o carro estava limpo e regulado, pegava bem e o motor funcionava maravilhosamente. Fiquei abobado com o assoalho, depois de arrancar o carpete apodrecido, mal tinham alguns pontos de ferrugem. A cor bege chegava a querer ensaiar até brilho. Cada vez mais me sentia atordoado com o que tinha sido feito deste Dart
                       Porta direita, tenho ate hoje guardada, assim como o volante caramelo.






                          Bom, duas semanas depois, em um sábado de manhã, peguei o Dart conversível e fui passear no centro de Taquara, o carro até era bonito! Ridículo, mas bonito!! Muitas pessoas e amigos me acenavam, uns achavam horripilante outros sensacional! Certamente a frase, "Ame-o ou Deixe-o", se enquadrava perfeitamente a este carro.
                          Depois deste primeiro passeio, saí com ele em mais duas ocasiões pela cidade, depois, encostei na oficina. Não demorou muito vendi o motor do Dart para um cliente de Taquara. Foi colocado em um Charger R/T 1977, branco, do senhor Ivo Bauer. Este Charger foi tirado zero quilometro pelo senhor Ivo. Este senhor foi fundador da primeiras fábrica de fogões a lenha da região, os famosos "Fogões Três Coroas". Muitos anos depois, a fábrica de fogões do sr. Ivo faliu e o Charger foi vendido. O senhor Ivo Bauer morreu já fazem uns 10 anos. E, que eu saiba, o Charger está salvo, acho que em Caxias do Sul.
                        O meu próximo carro foi um Charger RT 1978 Vermelho Verona, que ganhei de presente do meu sogro, mas esta história eu conto na próxima postagem.
                         Abraço aos amigos!

38 comentários:

  1. Adorei relembrar esta história do Dart 79 com detalhes... Mas confesso que a parte que mais gostei foi de ver meu nome citado como sua parceira... Obrigada pela homenagem... Tu sabes, não há nada mais importante pra mim do que ser tua parceira nesta vida! Te amo!

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    1. Querida, esta foi apenas uma das tantas que compartilhamos juntos, agradeço tua paciência, esmero e amor, sempre dedicado a mim,
      Te amo

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  2. Sim ! o toca fitas motoradio funciona perfeitamente !
    historia bacana... tem guardado o numeral do chassis ?

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    1. Fala Alberto
      Tu foi um dos sortudos que ficou com uma das tantas peças dele
      Abração

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  3. Aeeeee. Cuti meu amigo como estava com saudade dessas postagens!
    Cara que história não. Eu fico tentando imaginar como as pessoas conseguem fazer isso com carros como esses, e eu aqui querendo tanto um pra cuidar e amar kkkk.
    A cena dos dois "zumbis" deve ter sido horripilante mesmo, coisa de filme de terror kkk. O que mais me impressionou nessa história foi o motor ter pegado. Santo Deus, Dodge é um tanque mesmo. Adorei essa postagem e ri bastante também!!.
    A umas semanas tive o prazer de entrar novamente dentro de um carro antigo. Não fazia isso desde que meu pai trocou o Maverick 74 dele por um Gol GT (putzz).
    Não era um Dodge, mais um Galaxie 500 vermelho bordo muito lindo. Você viu a postagem no Facebook. Meu coração tava a mil por hora quando entrei dentro. Que emoção. Imagina quando for um Dodge então? Vo uter um infarto hahaha..
    Perguntinha: Quando você conversou por longas duas horas com aquele senhor, a sua esposa ficou esperando pacientemente dentro do carro? kkk
    Grande abraço meu amigo e aguardamos ansiosamente a próxima "indianada" kk

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    1. Meu amigo Bhartchello
      Que bom que estavas sentindo saudades do blog e, claro, principalmente de uma nova postagem.
      As pessoas faziam isto naquela época porque os carros não valiam nada, exceto este, conversível, mas normalmente o descaso dos anos 80 e 90 foram os responsáveis pela destruição em massa kkk
      Grande abraço meu amigão!

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  4. Sensacional!!!!! òtima história!

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  5. Boa Noite Cuti, estou de férias uns dias aqui na casa de meus pais e acessei a net; coisa que não faço regularmente nos finais de semana.Mas, pra minha alegria vi que tinha uma postagem sua.Então, comecei a ler.Já nas primeiras linhas nos identificamos, pois eu e minha esposa somos parceiros nesses assuntos.Hoje mesmo quando estávamos vindo de Curitiba pra Guarapuava, andamos por mais de 01 hora em uma cidadezinha à busca de um reboque de madeira pro meu F-600, mas o boato era falso, porém foi proveitoso e engraçado, cada um olhava de um lado das ruas;é claro que passei de volta revisando.Quanto ao carro em questão, achei o relato muito engraçado, principalmente a logística de ida até tua cidade.As cenas devem ter sido hilárias.Abraços ao amigo e até a próxima postagem.

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    1. Caro Jailson
      kkkkkkk, então te causei uma grata surpresa! Fico feliz!
      O que seria do homem sem uma boa esposa, né? Ainda bem que nós podemos contar com as nossas, nos aturando e entendendo.
      Muito obrigado pelo comentário
      Grande abraço

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  6. Belíssimo relato, você consegue escrever de uma forma que parece que estamos vendo aquilo que você está narrando. Tenho uma reclamação , por que tanto tempo entre uma postagem e outra ?

    Abraço,

    Pepe.

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    1. Caro amigo
      Agradeço pelo elogio ao blog. Quanto a tua válida reclamação, vou tentar me corrigir. É que apesar de serem histórias verdadeiras, da minha vida particular, cada postagem demanda muitas e muitas horas, formatando frases, contexto, fotos e assim por diante.
      Muito obrigado pelo comentário
      Abraço

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  7. Grande Cuti,

    Acabo de ler o texto, e, como sempre, é uma postagem daquelas de ler, linha por linha, absorvendo todos os detalhes da história - e que história!
    Teu blog é um livro virtual, aberto, muito esmerado, histórias incríveis que você tem a generosidade de repassar.

    Não me canso de dizer que é incrível a desvalorização dos Dodges naqueles tempos, um carro destes, hoje, valeria muito à pena de se restaurar, praticamente novo, pouco rodado, mas, muito infelizmente, entregue aos maus profissionais...

    Ao menos esse Dart serviu para manter outros rodando firmes e forte, e essa é a vida (nessas horas eu tento mensurar a quantidade de bons V-8 que você ajudou a manter na estrada durante estes anos). Se o conversível não foi salvo, ao menos outros tanto se escaparam do fim com as peças dele.

    Agradeço a generosidade de compartilhar estas histórias - e que venham muito mais outras!

    Parabéns pelo blog, ele está cada dia melhor.

    Grande abraço!

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    1. Caro Douglas
      Com certeza estas certo, um carro como este, se tivesse sido bem guardado, poderia estar rodando por aí, alegrando a vista de quem os ama. Mas, como sabemos, os anos passados foram cruéis com eles.
      Olhando pelo lado positivo, sim, este foi um doador "universal"de peças de alta qualidade, genuínas Chrysler.
      Eu que te agradeço, não só a ti, mas todos que leem o blog, e o admiram. É sempre um prazer ler os comentários
      grande abraço

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  8. Fala Cuti
    Tava com saudade ja das tuas postagens. Vou ler e reler tudo de novo kkkk. A sua capacidade de escrever eh incrível. Já te falaram várias vezes pra escrever um livro né. Eu vou ser a primeira a comprar kkkkk. Abraço

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    1. Oi Tamires
      Acho que tá meio unânime a pedida por novas postagens, kkk, vou ver se agilizo as coisas.
      Quanto ao livro, quem sabe um dia, né? Mas o livro virtual já ta aqui, é só entrar todo dia kk
      Muito obrigado pelos elogios e as leituras aqui no blog
      Abraço

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  9. Bah que loucura! O Tiozinho véio achou que seria apenas mais um xarope indagando sobre o Dodge, mal sabia ele que seria o comprador! kkkkkk
    Esse voltante está 100% 0km, impressionante!!!

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    1. pois é Méfis, acho que o tiozinho tava receoso com alguma coisa, mas no fim, fez negócio, para minha alegria kk
      obrigado pelo comentário!
      Abração

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  10. :0 ;0 4500km rodados que loucura ja pensou um carro desse nunca restaurado em perfeito estado valeria um fortuna hoje, e esse volante ta show !!!!

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    1. Caro Nilon
      É verdade, os anos passados foram cruéis com os nossos Dodges, mas ainda bem que sobraram alguns!
      Muito obrigado pelo comentário
      Grande abraço

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  11. Cuti, parabéns pelo relato. Eu já li todas as postagens do seu blog e sempre venho conferir se há uma nova. Também faço coro aos que pedem um intervalo menor entre as histórias. Hehehe Que venha a do Charger RT 1978 Vermelho Verona. Um abraço!

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Cuti, tenho 36 anos, sou apaixonado por carros antigos, principalmente V8's. Minhas primeiras lembranças automobilísticas remetem a meados dos anos 80 e, infelizmente, não me recordo de ter visto Dodges e Mavericks em bom estado. Nessa época meu pai tinha um 1800 GL 74 cinza, eu amava aquele Dodginho, mas sonhava com os Dodjões e Mavericks. Curioso que, nessa época, começavam a faltar peças para o 1800 e, após procurar por meses, sem sucesso, um pára-lama dianteiro direito, para substituir o do carro que estava apodrecendo, e mecânicos dizendo que meu pai devia substituir o motor, que já estava ficando fraquinho, por um de Opala 4 cilindros, meu pai redolveu vendê-lo, bem barato. Isso foi em 1985 e apesar de meu pai cuidar bem do carro, não conseguia deixá-lo do jeito que gostaria, devido a escassez de peças. Imagino como era com os Dodges maiores! Felizmente sua região foi privilegiada com um excelente mecânico como você. Devo lhe confessar que sinto uma inveja boa, muito boa, quando leio seus relatos. Meu pensamento viaja e fico imaginando como deveria ter sido bom ter a sua idade naquela época, dirigir e conviver com esses carros maravilhosos! Percebeu como suas histórias são importantes para várias pessoas? Mais uma vez, parabéns, Cuti. E um forte abraço, meu amigo!

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    3. Caro amigo Sandro
      kkk, vou tentar ser mais breve, agradeço por entrar aqui para ver as novidades.
      É, os anos 80, acho, foram os piores para nossos Dodges , Galaxies e Mavericks. Naquela época as peças eram bem difíceis de encontrar, principalmente em cidades afastadas de grandes centros, aí, naturalmente, os carros iam se desmanchando aos poucos, enquanto as peças restantes, andando no sentido oposto, subiam vertiginosamente. Por este motivo, me dediquei a elas, e hoje sou apaixonado por elas. tem algumas que não tem preço que pague.
      Agradeço todos os elogios que o amigo fez ao blog, e continue olhando e lendo, em breve posto mais histórias
      Abraço

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  12. Mais uma história que nos faz ter vontade de ter participado. Caramba!!!
    Como eu iria rir de um Dodge zumbi puxando o outro, kkkkkkkk.

    Tenho certeza que seus amigos passaram por inúmeros "programas de índio", rsrsrsrsr.

    Um forte abraço, Cuti.

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    1. Grande amigo Leroi
      kkkkk, é mesmo, eu gostaria de ter mais indiadas destas hoje em dia!!
      Mas, felizmente sobraram as lembranças.
      Grande abraço

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  13. Cuti meu amigo,

    já é uma tradição, as tuas postagens se superam em qualidade de texto e em sabor. Outros tempos, muito mais improvisados e românticos, me trazem muitas saudades.

    Fiquei surpreso com alguém tentando transformar em conversível um Dart com menos de cinco mil km rodados... E depois o carro fica parado por tanto tempo!

    Como bem disse um amigo em um dos comentários, ao menos o Dart forneceu peças de qualidade para vários outros.

    Já estou curioso para a história do R/T 78 Vermelho Verona, afinal, gosto bastante dos 78s.

    Grande abraço.

    Reinaldo
    http://reiv8.blogspot.com

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    1. Caro amigo Rei
      Cada nova postagem tento me empenhar ao máximo, pois sei que todos vocês merecem e esperam uma leitura agradável. As vezes não é nada fácil tirar de um simples carro uma história que seja válida para narrar aqui, mas eu tento kkk
      É verdade, cortar o teto de um carro novo e caro (Na época) a pessoa deveria ser meio desmiolada, seria o mesmo que hoje cortar o teto de um Fusion ou sei lá, outro carro caro.
      Agradeço ao amigo pelo comentário
      grande abraço

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  14. Mais um belo Post. Linda história.
    Imagina quanta coisa deve ter saído deste carro "Zerada".

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    1. Caro amigo Jacson, muita coisa boa, original, em estado de 0K. Com certeza valeu cada tostão na época.
      Obrigado pelo comentário!
      Abração

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  15. Olá Cuti,eu amo suas histórias,mesmo infelizmente de eu nunca ter entrado num Dodge,por favor,nunca deixe de conta-las,e meus parabéns pelo blog!

    Um abraço!

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    1. Caro Nicholas.
      O blog retrata apenas um pouquinho da minha história de vida, confesso, sinto-me envaidecido com comentários como o teu! Obrigado por ler, gostar e comentar minhas histórias.
      Ficarei torcendo para que o amigo possa realizar seu desejo de andar em um Dodge, uma hora destas, tu entra em um!
      Muito obrigado
      Abraço
      Cuti

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  16. Luís Fernando Couto21 de abril de 2014 às 19:19

    Caro Cuti , ótima estória . Leitura leve e envolvente . Parabéns e grande abraço !

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    1. Meu caro amigo Luis
      Muito obrigado pelo elogioso comentário. Apesar de serem histórias simples, do decorrer da minha vida pessoal, tento escrever de uma forma simples, para que todos possam entender e apreciar.
      Grande abraço

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  17. cuti muito boa essa descoberta quem imaginaria que um carro como esse teria baixa quilometragem e a indiada nao tem preço.
    Essa semana negociei com um camarada um motor v8 pro meu maverick. baita indiada trazer um v8 no porta mala do astra parecia que vinha arrastando o fundo. rsrsrs
    Cuti se puder me mandar seu emai pois como esse é meu primeiro v8 gostaria de algumas dicas. desde ja agradecido.

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    1. Caro Jose
      Com certeza estas "indiadas" são boas lembranças garantidas para o resto da vida. Pena que nos dias de hoje não sejam tão comuns, né? Os carros e peças estão bem escassos.
      Parabéns pelo primeiro V8, espero que este seja o primeiro de muitos. Segue meu e-mail
      cuti70@bol.com.br
      Muito obrigado pelo comentário
      Grande abraço

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  18. Grande mestre cuti,a tempos sigo lendo suas histórias mas só agora resolvi comentar,queria mto poder comprar um livro com todas estas suas histórias fantasticas quando termino de ler um caso me da um misto de emoção alegria pelos acontecidos por ter alguem pra contar histórias q eu amo ouvir,sempre peço a amigos mais velhos pra contar casos de dorjoes ou de quem teve dorjoes e assim eu viajo anos atras epoca q essa nao vivi fico mto feliz em ler suas histórias,aq eu nao preciso pedir pra vc contar,vc simplesmente fala tdo que eu q agente quer ouvir quer ler,nao me lembro de todas mas algumas eu nao esqueço,aquela vez que vce atravessou o trevo com um galaxie eu me senti no banco de tras sentindo todo acontecimento foi d+ aquela história entrei até no street view pra ver o local do acontecido rsrs...outra historia marcante foi a do charger vermelho riviera ou indio nao lembro bem,assim q termina de escrever vo reler ela,nessa vc e seus amigos foram em determinado local da cidade ond havia casa de tolerancia rsrs e vce finco o pé dando zeros levantando mó poeira jogando pedras pra tdo lado rsrsrs e o povo chingando e uma mulher até mando uma pedra no charger eu me senti do lado de fora vendo akilo tdo acontecer,o caso do maverick q na rodovia sem enchergar nda vcs a 200 dando tdo que tinha,eu tava me achando um fantasma no banco de tras kkk.Eu aprendi coisas importante com vc tbm,na historia do charger 79 onde a arvore caiu em cima dele,familia em primeiro lugar,me emocionei bastante nessa historia rsrs...mas nao só alegria tem no blog Sinto tristeza pelo fim dos carros,por nao termos mais essas aventuras de ir com amigos buscar carros parados a anos seja funcionando ou rastados pelo cambão,é sensacional,me entusiasmo mais ainda por ter trabalhado com oficina desde os 13 anos,como tdos outros vou aguardar a proxima história,não tenho pressa,pois se ta demorando mais real e interessante ela ira ficar,admiro sua pessoa a vida q levou o gosto por carros o conhecimento quem tens,sou teu fã..Tenho dodge landau veraneio e a cada historia pareço conhecer e admirar mais ainda eles,espero um dia poder apertar tua mão,conhece-lo pessoalmente..grande abrç amigo sucesso!!!

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    1. Caro Diego
      São comentários com o teu que me incentivam a continuar escrevendo minha histórias. É muito bom saber que tudo isto descrito aqui, aguça a imaginação de quem não viveu aquela época! Confesso-me envaidecido todas as vezes em que leio comentários como o teu.
      Muito obrigado por perder alguns minutos da tua preciosa vida. Saiba que lendo e comentando meu blog, só faz agraciar a minha.
      Grande abraço
      Cuti

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