quinta-feira, 11 de julho de 2013

Dodge Dart DeLuxo 1974 Bronze Brilhante

                  Em uma escaldante tarde de domingo, de um longínquo verão, mais precisamente do final da década de 70, dois bons amigos sentados em um pequeno muro que ficava em frente a casa de um deles, conversavam assuntos variados. Relevantes apenas a mentalidade da gurizada da época. Ou seja, as incontáveis chatices do colégio, algumas desejadas gurias da época e... Dodges! Que na época não eram carros velhos, muito menos antigos, mas sim, novos!
                   Como todos sabem,  as tardes de domingo nas pequenas cidades geralmente são paradas nos dias de hoje, imaginem a mais de trinta anos atrás!!.  Então, lhes peço que usem o imaginário e tentem visualizar o quão monótona era aquela pequena cidade em que os dois amigos estavam. Naqueles tempos, não raras eram as vezes em que pessoas podiam deitar imóveis no meio da rua e ficar ali por vários e vários minutos sem ter que sair, pois não passavam carros a todo momento. Naquele tórrido domingo do verão, nem se fale!  
                   Taquara não era diferente das outras cidades, por vezes, até era pior do que as outras. Mas... no calor do pós meio dia, enquanto anciões tiravam seu cochilo após o almoço, os dois amigos sonhavam acordados! Sentados no muro, solitos, continuavam à conversar. Falavam em um tom de voz baixo, até porque, com as ruas da cidade deserta, não se escutavam barulhos de parte alguma, nem os passarinhos faziam sua comum algazarra.
                     Entre um assunto e outro, por vezes, os dois amigos paravam de conversar por instantes e o silêncio tomava proporções ainda maiores! Nestes momentos, sem pronunciarem uma só palavra, contemplavam a rua deserta, sempre na esperança de ver algo relevante! Ora olhavam para um lado, ora para o outro, e nada. Na cabeça deles, os sonhos eram múltiplos, a mente de um jovem é ilimitada em termos... digamos... surreais!! Como escrevi acima, sonhavam ver coisas ou pessoas improváveis, interessante, algo novo para engrandecer seus pensamentos e poder sonhar mais e mais, o resto do dia, da semana, do mês!
                    Os sonhos mais distantes, os segredos particulares e mais íntimos de cada um afloravam naquela hora. As conversas eram francas e honestas, sem medo de serem recriminados ou tampouco contestados pelo amigo ao lado. Lembrando disto hoje, vejo como fui feliz em poder compartilhar de amigos de verdade, uma época gloriosa, e ao mesmo tempo hoje ter tantas coisas boas para relembrar. 
                    Em meio aquela prosa quase aos cochichos, de repente, quebrando aquele diálogo , ouviram um ronco alucinado, em alta rotação!!  Um ronco que os dois amigos conheciam à quilômetros de distância! Um ronco de um motor V8! Imediatamente se olharam e levantaram do muro para tentar visualizar de que direção vinha o objeto do desejo! Mas a rua em que estavam continuava deserta, atônitos, foram para o meio da rua. A oitava sinfonia de "V-tovem" se aproximava, e rápido.
                    Na época, aquela rua onde os dois amigos estavam tinham poucas casas, o chão era de paralelepípedos regulares, se chamava (e chama até hoje) Ernesto Alves. Esta, que no final da década de 60 até meados da de 70, fora palco de pegas inesquecíveis, organizados pela prefeitura de Taquara, onde corriam DKWs, JKs, Opalas, Corcéis, Simcas entre tantos outros. Para o deleite dos dois guris, naquele momento o presente tentando imitar o passado, e cortando o sepulcral silêncio, entrava de lado pela esquina adiante, sobrando muito, patinando como louco, um Dart marrom!
                    Naquele momento, os dois guris tiveram orgasmos múltiplos de felicidade!! Levantaram os braços acenando, gesticulando violentamente para o herói que estava ao volante da maravilha sobre rodas. Ao ver os dois como platéia, o suposto aspirante piloto, deu tudo que o carro podia dar. As manobras e peripécias foram múltiplas, fazendo o carro patinar muito, ladeando de um lado ao outro da rua deserta!! Em instantes, parava em frente à eles um poderoso e inatingível Dodge Dart!! Os dois guris, de boca aberta, se aproximaram totalmente embasbacados, não tinham palavras para elucidar tal cena, somente vista anteriormente em filmes no antigo Cine Cruzeiro.
                     O dodge, simplesmente imaculado, era novo na cidade. Tinha sido adquirido naquela semana, trazido do estado de São Paulo, rodando, pelo feliz proprietário! Na traseira do carro ostentava a plaquetinha da agência Chambord Auto Ltda, onde, pouquíssimo tempo antes, tinha sido comprado zero quilometro! O Dart era novo, por dentro e por fora, os pneus diagonais, as calotinhas, os estofamentos, comprovavam e davam idoneidade ao carro. No painel de instrumentos, ostentavam inacreditáveis 5700km!!
                      A felicidade estampada no rosto do proprietário era notória. No rosto dos dois guris, que tinham devaneios mentais, era um misto de contentamento e inveja (mais inveja!!), provocados pelo desejo de possuir o impossível! O motorista do bólido vangloriou-se por alguns instantes e desapareceu com o dodge, tal qual como apareceu, em alta velocidade! Saiu da imobilidade patinando muito, deixando para trás os pobres guris, involutos em uma grande cortina de fumaça, levantada pelos pneus do maravilhoso Dodge. Os dois, depois daquele sublime momento, voltaram a contemplar o silêncio daquela tarde quente de verão. Sozinhos e em silêncio novamente, porém... agora tinham novos sonhos e assunto para vários e vários dias. Os dois guris eram eu e o Ganso. (Dezembro/1978)
                     Acredito que este, dentre alguns outros, foram momentos preponderantes pelos quais o destino me direcionou  e influenciou a dedicar minha vida toda aos dodges. Fatos reais e insubstituíveis que jamais vou esquecer, por mais anos que eu permaneça vivo!

Uma das poucas lembranças que tenho do Dart! Numero bonito o serial do motor hein?
Por mais incrível que possa parecer, depois de tantos anos recebendo maus tratos, a plaqueta da Chambord Auto Ltda ainda estava intacta na tampa do porta malas!
                     
                    Nos dois ou três meses seguintes, seguidamente via o Dart no centro da cidade, imponente e belo. Passado mais alguns meses, o carro foi vendido para um cara da cidade de Parobé. Um sujeito que à época, tinha uns vinte e poucos anos. Este, usava o Dart sem pena, sempre que eu o via, estava esmerilhando o pobre Dodge.
                      Até que alguns meses depois, voltando com meu pai de uma viagem, encontramos o dart grudado em um poste de iluminação pública, na RS239, divisa dos municípios de Parobé e Taquara. O carro tinha a frente e a lateral traseira esquerda destruídas. Segundo me contaram naquele dia, o sujeito vinha em alta velocidade, se perdeu, deu de lado em um carro na rodovia, e foi de encontro ao poste de iluminação.
                       Pensei naquele momento que seria o fim do Dart, mas não! Alguns meses depois, tornei à vê-lo no centro de Taquara. Quem o tinha comprado fora um conhecido meu, que, por coincidência ou não..., tive uma conversa agora à pouco, em um bar do centro de Taquara, onde tomo café todas as manhãs. Este conhecido, trabalhava, e trabalha ate hoje, na empresa de ônibus Citral de Taquara.
                      Este ficou com o carro por uns três anos, tempo este em que eu já trabalhava com dodges. Então , naquela época, fiz alguns serviços no carro.  O Dart nem de longe, era parecido com aquele em que vi nas primeiras vezes. Acredito que no dia da batida no poste, começou o seu fim!
                       Quando este conhecido que trabalha na empresa de ônibus vendeu o carro, quem o comprou foi um colega de colégio meu, o falecido Moisés! Este, não tinha apego nenhum ao carro, trabalhava com manutenção de geladeiras e freezer. Carregava dentro do dodge ferramentas, geladeiras e tudo que é tipo de coisa que a gente nem imagina! O amigo Moisés era pobre e mal tinha dinheiro para abastecer o carro com gasolina, então, algum tempo depois, apareceu na minha oficina com um belo botijão de gás no porta-malas. Dodge sofria nas mãos do povo!!!
                       Com o passar do tempo, por algumas vezes, o Moisés trazia o dart para algum conserto. Mas sempre pedia para colocar o menos de peças novas possíveis, sempre optava pelo mais barato e somente trocar o  que porventura poderia deixar o carro empenhado. Peças que não comprometiam o funcionamento do carro, não eram para serem trocadas, e assim era feito!
                        Certa vez, em um domingo pela manhã, o Moisés foi a minha procura na casa dos meus pais. Conversamos um pouco e ele disse que o carro estava fazendo um ronco esquisito, meio forte, parecia uma sujeira trancada em baixo do carro. Disse que no dia anterior, havia feito uma viagem de Taquara à São Francisco de Paula. Tinha ido  pelas estradas do interior, que naquela época, assim como hoje, quase só passavam carroças. Que certa altura do percurso, bateu fortemente uma enorme pedra na parte de baixo do carro.
                        Bom, dei uma volta com o dart na rua lá de casa e confirmei a ronqueira. Coloquei no macaco, deitei em baixo. Tinha um buraco na caixa de câmbio por onde poderiam passar dois dedos das mãos!! Saí e lhe perguntei por quanto tempo tinha andado depois de bater o carro, ele me disse que por uns 50km!! Disse à ele que a caixa já era!! Teria que tira-la e conserta-la. Mas o custo seria alto. O certo seria colocar outra. Depois de muita conversa e sem chegar a solução nenhuma, ele me pediu que soldasse o buraco, colocasse óleo e deixasse como estava.
                        Disse à ele que não andaria muito tempo com o carro, a caixa não iria aguentar assim como estava. Mas, assim fizemos. O tempo foi passando, o Moisés andando com o Dart daquele jeito e nada de quebrar a caixa. Tinha apenas um ronco forte, não muito alto, mas forte!
                       Um ano depois, acredito que por volta de 1987, o Moisés vendeu  o Dart para meu amigo  e também falecido Plinio Kellermann, do qual já falei  a respeito em uma antiga postagem. O seu Plinio, que também não tinha muitos recursos, continuou a andar com o Dart daquele mesmo jeito, por anos e anos a fio!! E a caixa?? Não quebrou!!
                       Bom, agora nesta fase, o estado do Dart já era bem surrado, e para continuar na mesma saga, seu Plinio também de parcos recursos, o mantinha apenas para não deixa-lo na mão! Revisões, nunca!! Apenas ia à oficina quando era obrigado, por não ter outra alternativa.
Com o passar dos anos , seu Plinio ganhou uma pintura do carro em uma rifa realizada por uma pequena oficina de pintura, virou este marrom claro!
                        O tempo foi passando ate que foi chegada a hora do Dart! Um carro que me trouxe tantos sonhos no passado, chegava agora em minhas mãos, mas para morrer! No dia em que fui busca-lo na casa do seu Plinio, o carro não funcionava mais. Mas combinei com seu Plinio de que daria à ele um último suspiro, faria ele funcionar e o levaria rodando ao matadouro!! Feito isto, não sei porque, levei o Dart para oficina, coloquei-o em um canto onde não precisaria tira-lo e... deixei lá.  Por anos o carro ficou parado no mesmo lugar, não tirei dele uma peça sequer por muito tempo. As vezes chegava na oficina de manhã, olhava para ele e lembrava do tempo em que rodava garboso e elegante pelas ruas e estradas! Como pode um carro tão bom, ser tão mal cuidado e acabar assim?? Este foi o destino, não só dele, mas de milhares de dodges, infelizmente!    
                      Quando, naquela tarde de verão , sentado com meu amigo Ganso no muro em frente da casa dele, poderia imaginar que aquele lindo dodge acabaria nas minhas mãos, e daquela maneira?? Se a gente pudesse prever o futuro?? A vida é louca mesmo! Nunca poderia imaginar, caso me contassem, não acreditaria!

Tirei esta foto do blog do Museu do Dodge, me parece que este carro é de um amigo do Badolato. No dia em que vi a foto, lembrei de salvar uma cópia para esta ocasião. O Dart da postagem de hoje era um irmão gêmeo deste. 
                       Na próxima postagem  Dodge Gran Sedan 1977

47 comentários:

  1. Engraçado como são as coisas, Cuti. É uma pena que este tenha tido este fim. Aliás, este é o fim da maioria dos carros.

    Ainda acho estranho as pessoas utilizarem o carro até acabar, sem dar revisões ou cuidados. São máquinas que precisam estar funcionando e bem, até mesmo para a segurança do motorista. Enfim, uma pena.

    Um forte abraço.

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    1. Realmente muito engraçado, a grande maioria explora as pessoas até o limite, depois consegue virar as costa e, sem peso algum, seguir o caminho. Imagina com os bens materiais? O mundo de hoje é uma grande droga!
      Abraço

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  2. Grande Cuti. Otima historia a tua. Como tu disse numa outra postagem, que alguns carros nascem predestinados a sofrer, infelismente esse ai é um dos escolhidos a ter este fim kkk. Ainda bem que aquele Charger R/T que eu te mostrei teve a sorte de pegar bons donos e estar em estado de zero hoje. É ate engraçado quando ele chega no estacionamento do predio todos os alarmes dos outros carros disparam com o ronco da " oitava sinfonia de V-tovem kk. Grande abraço e aguuardamos a proxima "indianada"

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    1. Fala Bhartchello!!
      Apesar da triste história, temos que olhar pelo lado positivo. Os poucos que restaram "assustam" a concorrência!!
      Obrigado pelo comentário meu amigo
      Abração

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  3. Lindo modelo este. Se fosse nos dias de hoje acho que talvez tivesse reformado ele. Muito boa essa historia principalmente na parte de imaginarmos o cenario é uma viagem no tempo parabenz cuti

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    1. Caro amigo José
      Muito bonito mesmo, mas este em questão, até nos dias de hoje seria muito difícil a restauração. Praticamente não tinha mais lata, era só ferrugem e massa plástica.
      Muito obrigado pelo comentário
      Grande abraço

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  4. E aí Cuti, Tranquilo. Belo relato em toda a extensão dos acontecimentos. Quando descobri seu blog ele já tinha algumas postagens e demorei um tempo pra ler todas. Após isso e as postagens vindo à tona fiquei pensando, "meu Deus" vai acontecer como os outros blog"s, o cara vai se chatear e parar de escrever. Mas não, acredito que tem muita história pra ser contada, pois você transforma um simples acontecimento de guri envolvendo um Dodge em uma viagem pelo tempo. Belo Dodge este de hoje, pena não existir mais.

    Abraços.

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    1. Prezado Jailson
      Antes de qualquer coisa: Não desisti de contar as histórias justamente por comentários bacanas como este teu! Sem dúvida alguma é meu maior incentivo, só tenho uma palavra para te dizer: Obrigado!
      Quanto ao enredo das histórias, sem sombra de duvidas que se precisa tempo disponível para elaborar as postagens, lembrar de fatos do passado que as vezes estão perdidos na memória! Mas quando leio comentários assim vejo que vale a pena!
      Muito obrigado!
      Abraço

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  5. Essa me lembra quando eu era um piazão.a diferença é que eu sempre sonhei com Dodge, mas nunca consegui comprar. nem tanto por falta de recursos, mas sei lá nunca se"ajeitou".E a vida foi seguindo e hoje com os preços, sem chance.Sigo admirando-os.Posto como anonimo pois não tenho conta em nenhuma das opções do formulário
    Att. Herbert

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    1. Boa noite Herbert
      Acredito que existam milhares de pessoas que compartilhariam teu comentário, imagina quantos sonharam ter um dodge quando guris e o tempo acabou passando e não compraram? Uma pena!
      Muito obrigado pelo belo comentário.
      Grande abraço

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  6. Buenas

    Particularmente, sabes que gosto de suas histórias, mas são relatos como este que me prendem e fazem a curiosidade aumentar e esperar pela próxima postagem.

    Parabéns, forte abraço

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    1. Buenas parceiro de Churrasco!!!
      "Santo de casa não faz milagres", MAS... como toda regra tem exceções, tu é uma delas!! Dos... sei lá quantos amigos que eu tenho,(não virtuais, lógico) e que leem o blog, tu é o único que comenta aqui! Os outros comentam na rua quando me encontram. Só resta agradecer!
      Abração

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  7. Bom dia amigo Dojeiro, gostaria de permitir permissão no seu Blog pra divulgar o meu, acredito que assim fortaleceremos mais a cultura Dodge no Brasil, segue o link:
    http://chargersetecinco.blogspot.com.br/

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  8. Passa um filme, na cabeça de quem mora por estas bandas, nas tardes de verão. Pobre Dodge, já apanhava ainda quando novo, hehe. Este modelo é MARAVILHOSO, sóbrio.

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    1. Caro Jacson
      Tempos que não voltam mais, né meu amigo?
      Grande abraço

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  9. A vida é uma caixinha de surpresas mesmo. Bela história como todas contadas aqui! Dei uma olhada no google maps, e hoje onde era a Chambord Auto LTDA, se encontra uma concessionária Nissan. Fiquei imaginando aquela loja cheia de Dodges lindos na vitrine! Grande abraço Cuti.

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    1. Prezado amigo Fernando
      Também consigo imaginar esta, que dizem, foi a maior agencia dodge do brasil. Quantas raridades saíram daquele espaço??
      Muito obrigado pelo comentário!
      Grande abraço

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  10. Certas unidades sao desprovidas de sorte. ,mas mesmo assim sao ricas em historias, e isso tem de ser perpetuado a qq custo! isso é cultura.
    Já ancioso pela proxima historia que espero ser esta semana!
    Abraço amigo,
    Alberto Junior

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    1. KKKKKKKKKKKKK Meu grande amigo Alberto, assim tu mata o véio!!!!
      Grande abraço
      Cuti

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  11. Cuti, a descrição da visão do carro na sua infância lembra a minha memória com estes carros. Lembro do meu avô esquentando o R/T de manhã, o ronco até que silencioso, do carro original...

    Fico pensando que esse deve ter sido o final dos dois dodges dele. Um fim triste, desmanchados para doação de peças. Mas naquele tempo era assim, nada podia ser feito de maneira diferente.

    E isso vale para todos os carros, mas como Dodge foi feito em pouca quantidade e foram condenados na crise do petróleo, poucos exemplares restam. Cuido o melhor que posso dos meus 3, e mesmo se um dia for vender, farei para pessoas que reservarão os carros.

    Grande abraço.

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    1. Caro Vital
      Certas etapas da vida de gente ficam eternizadas apenas na nossa memória, infelizmente. Mas apesar de tudo ainda podemos nos dar por felizes em termos estas lembranças. Acredito que tu mais do que eu, pois são lembranças de tua família, teu avô que sei, tanto gostava!
      Bom que hoje temos esta ferramente chamada blog, para que nossos descendentes tenham alguma coisa real e escrita para poderem matar a saudade no futuro.
      Grande abraço meu amigo
      Cuti

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  12. Cuti meu caro,

    mais uma bela postagem, que só confirma aquilo que penso: os carros não são apenas um conjunto de peças; depois que são adquiridos, passam a acumular histórias, que raramente são contadas e, assim, são perdidas.

    Como eu disse outro dia, sempre que estou em um dos meus antigos procuro imaginar qual terá sido a história de cada um deles: como teriam sido os donos? Por que lugares passaram - e o que testemunharam?

    Exceto pelo Landau, que conheço o proprietário anterior (e veio acompanhado de uma boa documentação), dos demais não sei nada, ou quase nada. É uma pena.

    Por outro lado, essa ausência de informações me permitir imaginar o que eu quiser. Gosto disso.

    Você é muito organizado; quem sabe saberia até para onde foi o motor 75.900?

    Abraço amigo.

    Reinaldo
    http://reiv8.blogspot.com

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    1. Prezado Rei!
      É como escrevi acima ao nosso amigo em comum, Vital. Se podermos chamar de consolo, pelo menos hoje temos nossos blog's para deixar escrito nosso legado!
      Eu também, assim como tu, sempre pensei na vida pregressa dos nossos carros, isto sempre me atraiu! Imaginar qual seu passado, seus donos, suas andanças! As vezes quando estou na estrada, fico pensando em quantos dodges já passaram no mesmo local em que estou passando, em que circunstâncias? Se com uma família feliz, ou desaventurada? São mistérios desta vida que nos fazem ir muito longe nos pensamentos.
      Quanto ao motor deste Dart, o 75900, ainda está comigo, guardado aqui na prateleira!
      Grande abraço
      Cuti

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  13. Amor, assim que comecei a ler esta tua postagem fui arremessada instantaneamente para o passado... Que viagem!
    ...Em pensar que estas histórias incríveis estariam perdidas para sempre, não fosse esta tua capacidade ímpar de salvar na memória os minuciosos detalhes de que a vida é feita...
    ... Contar histórias é mesmo uma arte... Uma arte que tem o poder de imortalizar sentimentos, pessoas... acontecimentos!
    Parabéns, vida minha!

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    1. Querida!
      Quero que saibas que só quem pode relembrar tão bem o passado é que vive feliz no presente. Isto devo a ti! Tu é minha inspiração, minha musa, meu combustível para sonhar sem esquecer de sempre seguir em frente, mesmo nos momentos mais difíceis.
      Eu que agradeço teu amor, teu companheirismo, dedicação, enfim... obrigado por compartilhar tua vida comigo!
      Te amo!

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  14. Respostas
    1. Obrigado meu anjo! Tu também faz parte da minha vida e dos MEUS DODGES!
      Beijo

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  15. Eu já disse e repito, MEUS DODGES tem que virar um livro!
    É uma leitura tão boa, eu viajo no tempo e fico só imaginando.. sem contar as pérolas tipo "8ª sinfonia de V-Tovem", mas é um poeta! hehehe
    Bom, falando do Dart, é uma pena mesmo, mas pra ti ver como os carros, principalmente Dodge, eram bons, tu que conhecia bem disse q a caixa não iria durar muito, e não é que a caixa mostrou que era mais forte do que pensava? kkkkk
    Ansioso pela próxima postagem!!!
    To só pela do F600.. postagem Extra Bônus hehe

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    1. caro Mephistto
      Quem sabe né?? Mas sinceramente? Não me acho a altura de um livro, mas...
      Este é meu propósito, fazer as pessoas sonharem, assim como eu, quando escrevo. Tento passar da forma mais simples, porém, enfática! Acho que assim a leitura se torna convidativa aos meus amigos como tu!
      Grande abraço
      Cuti

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  16. Reúna as histórias em um livro, edite e pronto: Memórias Moparianas.

    Vai que publica...

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    1. Pode apostar que sim...E já te indico até uma editora, rsrsrs !!
      Abração direto de Ivoti, Cuti !!

      Mário Sumatra Emoção 79 Buzian

      PS: como todo paulistano "da gema", quarentão e apaixonado por Dodges, tive a sorte de conhecer na áurea época não só a Chambord Auto, mas também a Ibirapuera Veículos e a Janda, que eram as três mais fortes em nome e vendas de SP e região...Bons tempos e carros maravilhosos saíram por lá !!!

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    2. Prezado Mário
      Pode até ser um dia, mas no momento isto nem passa na minha cabeça. Não acho que um livro como este iria valer alguma coisa, mas de qualquer forma agradeço aos amigos que acreditam nisto.
      Grande abraço

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  17. Amigos, boa tarde!

    Adquiri recentemente uma d100 72 std vermelha e preciso de algumas peças, manual e informações da mesma.
    Dei uma pesquisada na net e vi que dificilmente tem alguma informação desse carro. Se puderem me ajudar agradeço.

    lorenziabrantes@gmail.com

    Abraços
    Fernando

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    1. Caro Fernando
      É, tanto peças quanto informações sobre as pick-up D100 são bem difíceis. As poucas peças que tenho não quero vender, mas se precisares de alguma informação podes entrar em contato no meu email cuti70@bol.com.br
      Grande abraço

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  18. Grande Cuti tudo bem?
    Como voce deve saber eu entro aki todos os dias pra ver se tem algo novo, e ja sei praticamente todas as suas historias de cór e sautiado kkkkkk. Pra mim é um prazer poder ler as suas postagens e começei a le-las para o meu pai e meus amigos q gostam de carro, e eles se divertem assim como eu. Como o mundo da voltas hein. Quem diria que aquele Dodge que vc viu quando guri seria seu tempos depois. Abração e esperamos ansiosamente por mais uma postagem...
    Malveira

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    1. Fala meu amigo Bhartchello!
      Tchê, o prazer é todo meu saber que está narrando as histórias para teu pai e amigos! Até posso imaginar a cena do pessoal sentado e escutando atentamente a leitura, kkkk. Muito bacana!!
      Abração meu amigo

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    2. Kkkkk é muito legal. Outro dia acabou a energia na minha casa então a gente sentou na sala e eu começei a ler pros meus pais e meus irmãos. Li umas 5 que achava ser as mais engraçadas (não que fossem melhores porque todas as postagens são otimas) e a gente rachou o bico a noite inteira! A postagem que eles mais gostaram foi a do Maverick do avó do seu amigo que a "turma do barulho" pegava nas madrugadas para dar umas voltas. Boa também é aquela do Charger que teve que ser guinchado pela traseira e a roda saiu voando kkkkkkk. E a do racha do Fuca kkkk. Muito bom!
      Abração meu amigo!

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    3. Caro Bhartchello
      Só me resta agradecer! Fico muito feliz e consigo imaginar a turma toda reunida e dando risada!
      Abração

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  19. Grande Cuti,

    Parabéns pelo teu belíssimo Blog! As tuas histórias são fantásticas; às vezes fico aqui pensando como seria bom ter vivido os anos 70/80, pois sou do começo dos anos 90...
    Aliás, Cuti, complementando o que já postaram acima, as tuas histórias rendem um excelente livro.

    A tua escrita envolvente, as tuas histórias sempre muito bem contadas e o teu incrível conhecimento técnico sobre os Dodges (e outros autos)farão do teu livro um sucesso.

    Mais uma vez parabéns, e aguardo ansioso por novas histórias.

    Grande abraço,

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    1. Prezado Douglas
      Todas as épocas da vida são boas. Particularmente acredito que hoje é muito melhor do que será amanhã e assim sucessivamente, cada época bem vivida deixa saudades, faz parte da vida. O grande barato é curtir e aproveitar cada momento!
      Agradeço teu ótimo comentário meu amigo, agradeço aos elogios ao blog e tudo de bom que as pessoas comentam aqui. Acredite, isto também vai deixar saudades!
      Grande abraço

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  20. Fala Cuti!
    Acho que todos nos gostaríamos de saber como foi que tu aprendeu tua profissão de mecanico. Se vc fez cursos ou aprendeu tudo na raça e quando vc realmente começou a exercer essa profissão que vc faz tão bem.
    Abraço

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    1. Fala Bhartchello!!
      Cara, acho que já comentei nas postagens anteriores alguma coisa sobre isto, mas valeu a dica
      Abraço

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  21. Otima postagem com uma riqueza de detalhes impressionante. Parabéns!

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  22. Prezada Tamires!
    É sempre um prazer enorme ler os comentários dos leitores, das "leitoras" então: prazer dobrado! É bom saber que existem pessoas do sexo feminino que curtem dodge!
    Muito obrigado pelo comentário
    Abraço

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  23. Ola amigo Cuti,satisfação. ..em 1999 toda sexta a noite eu via um doido zuar com.um.Dodge 4 portas verde em frente ao colégio que eu estava,e matava aulas na sexta....ele estourava pneus,dava cavalo de pau eo Dartão Firme,com o passar dos tempos foi aumentando minha paixão por Dodges e um pouco do meu conhecimento, e vim a descobrir q esse Dartão era um Belo Verde Imperial 70, interior verde,um carro de sonhos,que logo nos anos 2000 se acabou....triste,mas algumas boas lembranças, abraçao fica com Deus

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