quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dodge Magnum 1979 Azul Cadet

                                     Já falei aqui neste espaço, por inumeras e repetidas vezes, a respeito do enorme apreço que tenho pelos antigos ferros-velhos! Quando falo "antigos", estou querendo dizer sobre aqueles estabelecimentos que praticamente não existem mais nos dias hoje, que por certo, ou quase, os meus amigos mais novos não conheceram. Eram locais nostálgicos, onde se podia entrar e caminhar livremente por entre os carros. Locais estes, em que exibiam automóveis de todas as épocas e idades, marcas e modelos!! Desde um Ford 1940 até um dodge ou galaxie com um ou dois anos de uso! Onde cada carro tinha uma história de vida, curta ou longa, mas que paralelamente, se misturava a história de seu dono!
                                    Conforme o homem foi "evoluindo"e usando a maldita palavra "tempo é dinheiro", os nostálgicos ferros-velhos de antigamente foram morrendo, também! Hoje em dia, quando um carro vai para o desmanche, não fica lá mais do que um ou dois anos, neste tempo, o que não é logo vendido, vai  para a siderúrgica. Antigamente, e não tão antigamente assim, os carros iam chegando no desmanche, e lentamente, iam se amontoando. Os mais antigos eram arrastados para o fundo do terreno para dar lugar aos novos, e assim sucessivamente. Então, quando se ia a um local daqueles, se encontrava de tudo. Os carros literalmente se acabavam em meio ao mato e árvores.
                                   Lembro de alguns amigos que fiz, donos de antigos ferros-velhos. Quando ia até eles, os caras tiravam tempo para sentar e conversar por horas à sombra de uma árvore. Dava para prosear e apreciar ao mesmo tempo. Hoje não, os caras te atendem correndo em um balcão fechado, impossibilitando a passagem da gente para que possamos caminhar entre os carros e procurarmos nós mesmos as peças que nos serão úteis! E quando não tem o que tu precisas, te mandam embora e pedem para tu passar no próximo dia, eles vão dar um jeito de arranjar o que tu quer durante à noite!!!??? E a gente logo tem que ir embora porque precisam atender outros clientes, é uma loucura o mundo de hoje, Deus me livre!!
                                    Claro que este é um gosto particular meu, e por certo, de algumas pessoas afins. Falo isto porque tem gente que não vê nada além de lixo em um desmanche. Sempre comento com minha mulher, em Shopping eu me nego a entrar, só amarrado!!! Por certo, outras pessoas nem amarradas entrariam em um ferro-velho!! Uma ou duas vezes por ano, eu e minha mulher viajamos à cidade de Restinga Seca, na região central do estado. Ela tem uma tia e primos que moram lá. Em uma viagem  que normalmente se faz em 4hr, nós levamos entre 6 e 7hr. Tudo isto por conta das minhas paradas em alguns desmanches que ainda acho por aquelas bandas. Ao chegarmos em Restinga, as primas Rosaura e Silvana, sabedoras da minha tara por ferro-velho, sempre me perguntam: "-Como foram as compras???"  No fim acabamos dando boas risadas.
                                    Bom..., por  diversas vezes também, falei sobre o ferro-velho do Turco, na cidade de Três Coroas. Mas hoje, quero lhes contar sobre o ferro-velho que me instigou pela primeira vez, portanto, o primeiro em que coloquei os pés! Este, ficava aqui na minha cidade, Taquara! Era também, assim como o do sr Turco, um enorme ferro-velho, do qual lembro muito bem, e sua história remete a um tempo perdido do meu passado, de muitas e agradaveis lembranças! Com certeza, ali, senti pela primeira vez o prazer de observar e caminhar entre antigos carros abandonados. Tentar imaginar e desvendar quais foram seus donos, segredos e por quais motivos foram parar ali. Em poucas palavras, vou tentar descrever para vocês como era este ferro-velho e como foi a primeira, dentre as milhares de visitas que fiz aquele lugar!  
                                    Meados da década de setenta, eu ainda uma criança! Na época, deveria ter uns 12 anos, não mais do que isto. Este ferro-velho ficava exatamente no lado oposto da cidade em relação a casa dos meus pais. Depois de muito pensar, certo dia resolvi ir ate lá!  Peguei minha bicicleta Monareta, da Monark, e me larguei, com destino certo e sabido.
                                    Depois de muito pedalar, cheguei ao sonhado lugar! Em meu primeiro contato, ainda na rua, já tive um prévio do que seria aquela manhã! A primeira imagem que tive, e tenho ainda muito viva na memória, foi um enorme, e lindo, caminhão Chevrolet Apache, datado do final da década de cinquenta. Esta maravilha sobre rodas estava abandonada bem em frente ao portão do ferro-velho. E para me surpreender mais ainda, este caminhão tinha um enorme guincho atrás!! Talvez aí uma explicação pelo meu fascínio por guinchos. Era uma imagem triste, e bela! O caminhão Apache era, é, e vai ser lindo, por toda a eternidade!! O guincho que tinha acoplado no lugar da sua carroceria, era enorme!! E forte!! As barras de ferro ponteadas e rebitadas com perfeição e muito bem escalonadas, davam um aspecto de poder ao velho guerreiro Apache, um conjunto harmonioso e perfeito!! A torre era enorme, como não se vê mais nos guinchos de hoje! Acreditem, eu poderia ficar por horas, horas e horas, olhando aquele caminhão!!
                                 Em sua frente outro caminhão, não tão raro e belo, mas com certeza também transportava em sua carroceria uma  história não menos bela e triste! Era outro Chevrolet, boca de sapo, do início da década de 50, verde garrafa. Muito mais inteiro que o primo Apache à sua frente, mas condenado ao mesmo destino!!  Até hoje, quando vejo um velho caminhão, de imediato, imagino ele trabalhando nas antigas estradas deste Rio Grande, nos infindáveis rincões e serras deste estado. E sempre sendo severamente castigado, tansportando um peso sempre além da sua capacidade, gemendo nas subidas de serra!! Não me perguntem o porque, eu não saberia responder!! 
                                    Depois deste primeiro impacto, entrei portão à dentro, olhando para todos os lados, não querendo deixar desacautelado um só pedacinho do lugar. O filme que passa em minha mente agora é indescritível! Vejo, Simcas, Veraneios, C14, F1, Aero Willys, Galaxies, DKWs, Gordines, Opalas, Mavericks e mais uma infinidade de modelos.
                                 Me aprofundo mais e mais, derrepente, dou de cara com o carro na qual sua marca faria parte da minha vida em um futuro próximo! Mal sabia eu, mas o encontro daquele momento faria parte das lembranças mais remotas do resto da minha vida, um Dodge!De imediato, mergulhei em desatino, de corpo e alma, em sua direção.
                                 Muitas idas depois, fui descobrir que se tratava de um Gran Cupe, 73 ou 74, azul, que estava em um canto, jogado ao lado de um enorme galpão. Na época já haviam sido tiradas algumas peças do dodge, se não me engano, já não tinha mais a suspensão dianteira.
                                 Naquele dia, quando tentava entrar para dentro do Gran Cupe, primeiro tive de travar uma luta com uma pequena hóspede que lá se amoitava. Uma galinha poedeira havia feito seu ninho lá dentro, estava chocando um monte de ovos!! Quando eu entrei, ela saiu berrando e cacarejando, esta cena eu não esqueço!! Bom... depois que a coitadinha se acalmou, pude entrar e sentar pela primeira vez ao volante de um dodge! Imediatamente fiquei hipnotizado pelo desenho do painel de instrumentos. Por isto sou apaixonado até hoje pelo painel do 73/74, para mim, o mais bonito de todos.
                                  Depois de alguns instantes sonhando ao volante daquele dodge, saí de dentro dele e continuei minha minuciosa peregrinação pelo local. Que eu lembre, naquele dia deveriam ter entre 10 e 15 dodges amontoados por lá! Entrei dentro de quase todos, apertando em pedais, acelerando e girando a direção, ensaiando passeios inimagináveis para um adulto. Em certo momento, caminhando por trilhas dentre os carros, dei de cara em um motor 318, azul, atirado no chão! Fiquei fascinado com a visão!! Por vários minutos fiquei observando aquela máquina, que à época, eu mal sabia do que era capaz!! Apenas tinha vaga idéia de que aquele motor tinha 8 cilindros, simplesmente o dobro do motor do Opala do meu pai. Apenas este detalhe já me fazia sonhar e imaginar, o quão bom seria se meu pai tivesse um carro com um motor daqueles!! Naquela época, apesar da pouca idade, já estava apresentando surtos mentais!! kkk!!
                                   Alguns instantes depois, continuando minha busca, olhando ainda ávido por descobertas dentro do ferro-velho, esbarro em uma parede humana! Levo um susto ao olhar para cima e ver uma cara feia, que um enorme homem fazia para mim!! Era um homem gordo, alto, pouco mais alto do que eu hoje, devia ter por volta de 1,95m. Tinha um chapéu de palha na cabeça, um dente de ouro e um palheiro no canto da boca. Este, fica parado na minha frente, interrompendo minha busca! Um instante depois me indaga com voz rude, o que eu estaria ziguezagueando por lá!! Antes que eu pudesse responder, ele acrescentou:"-NÃO GOSTO DE CRIANÇAS AQUI!!! NÃO QUERO TE VER MAIS ANDANDO AQUI DENTRO!!! ENTENDEU GURI???SE TE PEGAR DE NOVO ANDANDO AQUI DENTRO, TE DOU UMA SURRA!! AGORA... FORA DAQUI!!!!!!! Relembrando agora estas palavras, comecei a rir, pois também não gosto de crianças no meio das minhas coisas, já fiz coisa parecida!!
                                  Naquele momento, não conseguia nem olhar para o rosto dele, que dirá, argumentar alguma coisa. Baixei a cabeça, fui em direção ao portão, subi em minha Monareta e sumi em direção à minha casa. Este foi meu primeiro contato, de muitos que tive posteriormente, com o grande ferro-velho de Taquara. Justamente com seu proprietário, o sujeito chamado Arsenor Homem!
                                  Nas semanas seguintes, as imagens daquele lugar raramente saiam da minha lembrança. Durante os posteriores dois meses, economizei todo o dinheiro que ganhava do meu pai. Sendo os que me dava para comprar merendas no colégio ou revistinhas em quadrinhos (tinha coleção do Tio Patinhas). Não gastei nem um tostão sequer até juntar uma soma, que para mim, seria suficiênte para comprar algo que tinha visto e me enfeitiçado no ferro- velho.
                                 Juntada a quantia em dinheiro, fui até o ferro-velho, e, morrendo de medo, procurei por aquele Urso disfarçado de homem, e me parei em frente dele. Estático como uma pedra, fiquei esperando que me desse atenção. Algum tempo depois de estar ali parado, ele olhou pra mim e disse,aos berros:"-O QUE TU QUER AQUI GURI??? JÁ TE FALEI QUE NÃO GOSTO DE CRIANÇA!! VAI BRINCAR LONGE DAQUI, TE SOME!!!" Com a voz embargada e morrendo de medo, lhe disse: "-Vim até aqui para fazer uma compra!!" Ele me pergunta:"-O QUE TU QUER??" Eu:"- Queria comprar do senhor aquele motor azul, de dodge, que está atirado lá no pátio!" Ele me olhou com mais raiva ainda e disse:"-O QUE TU QUER COM AQUILO??? AQUELA PORCARIA  NÃO PRESTA, VAI EMBORAAA!!!". Apesar de toda grossura do "ogro", refiz minha propósta:"-Mesmo assim, eu insisto, quero compra-lo, tenho dinheiro aqui comigo."
                                 Ele me pegou pelo braço e me mandou mostrar onde tinha visto o motor. Então levei ele até lá e mostrei o 318. "-É este motor que eu quero!!!", disse a ele apontando com o dedo para o motor! Provavelmente, naquele momento, aquele homem achou que eu não era bem certo da cabeça. Mas mesmo assim,como todo mundo gosta de dinheiro, naquele instante, fechei meu primeiro negócio envolvendo dodge. E de lambuja, ainda comprei um par de grades do RT 73/74. Daquele dia em diante, minha vida mudou para sempre, e... os dodges começaram a fazer parte dela.
                                 Uns 14 anos depois...
                                 Era um final de tarde, eu terminava de istalar uma caixa de câmbio em um Galaxie, quando vejo por baixo do carro em que eu estava, vinha entrando um amigo no patio da oficina. De lá mesmo onde eu estava, gritei para ele puxar um banco e sentar, que logo que eu  terminasse de apertar alguns últimos parafusos, sairia.
                                Alguns minutos depois, terminado o serviço, saí de baixo do carro, me lavei, peguei uma pepsi na geladeira e começamos beber e conversar. Este amigo morava, e ainda mora, no interior de Taquara. Ele era na época vendedor de produtos quimicos,  e portanto , viajava por vários municípios do estado. Quando tinha alguma folga, passava na oficina para conversar e também para me passar algum produto de limpeza, principalmente de motor.
                                Naquele dia, depois de muita conversa, me contou que enquanto atendia um cliente em Porto Alegre, entrou um carroceiro, destes que catam papeis e latas, enfim, sucatas em geral, na oficina em que ele fazia uma venda. Disse que o homem (papeleiro) olhou para o dono da oficina e perguntou:"-Vai ficar com o carro ou não??" Este lhe respondeu que ia pensar,  então o papeleiro deu meia volta e foi embora. O meu amigo, curioso em saber qual carro o carroceiro teria para oferecer ao dono da oficina, lhe perguntou: "-O que o carroceiro quer te vender?? Um carro??" Este respondeu que o tal carroceiro teria um dodge em meio à montanhas de sucata, e a alguns meses estaria tentando vender o carro para ele, o dono oficina!
                                  Meu amigo na hora lembrou de mim! Perguntou ao cliente se este se importaria que ele desse uma olhada no dodge, este lhe respondeu que não, então, ao terminar de atende-lo, foi até o endereço em que o papeleiro tinha seu depósito. Chegando lá, chamou pelo homem que tinha visto puxando a carroça, mas este não estava no lugar. Então , falou com um rapaz que estava lá, e este permitiu que meu amigo olhasse o dodge. Quase caiu duro. O carro estava todo coberto de latas, papel velho, arames, era um lixo só!!
                                  Mas , ao voltar à Taquara, resolveu me contar a história. Perguntei a ele que modelo de dodge era, ele não soube me dizer. Me disse que o carro era azul claro, tinha teto de vinil azul, também claro e em uma parte da lateral tinha uma faixa azul, divida em varias listinhas, contornando o vinco da lateral. Matei a charada, Magnum 79!!
                                  Na hora peguei o endereço do papeleiro e coloquei na minha mesa. Disse que quando fosse a Porto Alegre, passaria para dar uma olhada no Magnum azul.
                                  Uma semana depois tive que ir à Porto Alegre, aproveitei e no final do dia passei no endereço do papeleiro. Tinha um muro alto na frente, da rua não dava para olhar para dentro do depósito. Na entrada um portão de ferro, todo remendado por vários pedaços de lata, mas igualmente fechado. Quase derrubei o portão batendo, e nada!! Pensei, já passava das 18hr, o cara deveria ter ido para casa. Olhei no outro lado da rua, tinha um pequeno bar, daqueles inferninhos mesmo. Fui até lá!! Naquela hora o bar já estava cheio de matungos bebendo e garganteando. Me senti um intruso no ambiente. Fui até o balcão, pedi uma pepsi e perguntei pelo proprietário do sucatão em frente. O dono do bar, demonstrando uma cara nada amigável, apontou para um canto do bar onde tinham três elementos, cada um com uma cara mais mal encarada que o outro, conversando!
                                   Receoso, me aproximei e perguntei pelo dono do local, os três se entreolharam e um deles me encarou fixo e perguntou: "-Porque tu quer saber??" Aí eu senti a maldade!! Por de certo, acharam que eu fosse algum cobrador, ou talvez mandado por algum desafeto dele. Mas , tratei de logo explicar o motivo pelo qual estava ali. Em seguida, o mais retraido deles, não o que tinha me feito a pergunta, o outro ao seu lado, se apresentou como dono do local.
                                  Depois desta apresentação nada amigável, perguntei à ele se poderia olhar o dodge, este disse que sim, virou as costas aos dois amigos e saimos do bar. Atravessamos a rua, abriu o portão e entramos. Caminhamos uns 70 metros, no meio de muito lixo e sujeira, até que no final do terreno, soterrado por muita porcaria, avistei por entre entulhos, pedacinhos de lata azul!! Me aproximei e me tapei de nojo!!! A imundície era enorme, nunca tinha visto nada igual!!
                                   Quando consegui olhar para dentro do carro me apavorei, este estava cheio de lixo dentro. Em cima do assento do banco do motorista, tinha um vaso sanitário, podre!! Os bancos, riscados azuis, pareciam ser muito inteiros antes do carro chegar ali!! Muito estranho!! Mas... O vinil também parecia ser de um carro em pleno vigor antes do carro ser "amoitado" naquele local. Os pneus eram ruins, talvez foram trocados ali naquele local, não tinha mais calotas. As lanternas traseiras, depois de limpas, ficaram novas, mas no geral, a lataria já apresentava vários pontos de ferrugem.  Amassados pipocavam em diversos pontos, provavelmente pelas coisas que foram jogas por cima dele durante o tempo em que estava ali! No interior, quase que intacto, tinha até o motoradio toca-fitas original Chrysler.
                                   Lhe perguntei como tinha comprado o carro, e o porque dele estar abandonado daquela maneira, este, me respondeu com uma outra pergunta:"-Tu quer comprar o carro ou não??" Aí perguntei pelos documentos do carro e quanto ele estaria pedindo por ele!! Prontamente me respondeu que o carro não tinha documentos, que ele tinha comprado o carro assim e que queria por ele $1200,00. Não sei se cruzeiros ou cruzados ou que diabo de nome tinha nosso dinheiro ( Que paisinho imoral este nosso, hein??) Mas era esta a quantia, pois tenho anotado aqui em um caderno.
                                   Disse à ele:" Te dou $800 agora, em dinheiro!!! É pegar ou largar!! Aceita??" Ele olhou para mim e disse:"-Fechado!" Perguntei à ele por um telefone, me disse que tinha um orelhão uns trinta metros, na calçada. Fui até lá, liguei para um conhecido meu que tinha guincho em Taquara, que por sinal, era filho do senhor Arsenor Homem, do qual narrei a pequena história no inicio da postagem. Seu nome é Deroci Homem, no telefone falei: "-Deroci? É o Cuti! Vem à Porto Alegre buscar um carro pra mim, tal endereço, vou ficar te esperando aqui!!
                                   Enquanto esperava o guincho, comecei a tirar todo o lixo acumulado por dentro e por fora do dodge. Já estava anoitecendo quando comecei. Mas uma hora depois, o dodge já estava livre de tudo que não lhe pertencia, até uma passagem eu consegui fazer para que o caminhão guincho pudesse chegar mais perto dele, para facilitar a vida do guincheiro e principalmente para que o carro não sofresse maiores danos até sua retirada daquele pátio nojento!
                                  Quatro horas depois, faltando poucos minutos para a meia noite, encosta o Deroci a bordo do F-350 em frente ao depósito!! De imediato, o Deroci olhou pra mim e disse:"- Se não fosse por um pedido teu, com certeza não viria a esta hora da noite neste local. Vamos ser rápidos e cair de volta na estrada!!" Então,  logo mandei que entrasse e direcionei o F350 ao caminho que tinha aberto para chegar em frente ao Magnum, atrelamos o dodge atrás do guincho e estávamos prontos para sair. Neste momento, o papeleiro fechou a porta de entrada do pátio!! Confesso para vocês que na hora me deu um frio na barriga!! Achei que seriamos assaltados!. Mas não, ele veio até meu lado e pediu os $800,00. Ficou com medo que saíssemos sem pagar! Tirei o dinheiro da carteira e saímos daquele local voando, direto para Taquara!
                                   Sabe do que não me perdoo daquela época?? Não andar sempre com uma máquina fotográfica em baixo do braço, assim como faço hoje!!
                                   Cheguei em casa por volta das 2:30hr, descarregamos o dodge e fui dormir. No outro dia é que realmente fui olhar o que tinha comprado. Até o macaco original estava no lugar , aparentemente, nunca tinha sido usado. O pneu do estepe ainda original. Com certeza um carro com uma história nebulosa. Mas, na época muitos carros abandonados não tinham documentos, não se pode afirmar que o carro era ilícito. Na época pensei, assim como penso hoje, se eu não o comprasse outro iria fazer o mesmo, E no final, acho que eu dei um fim melhor à ele do que qualquer outro!
Linda esta direção! Já esta no porão da minha casa, aguardando o novo escritório!

A direção e o painel foram umas das poucas peças que me sobraram do Magnum 

Este painel vou começar  restaurar em alguns dias, vai para o meu escritório novo aqui em casa.
          

Este Magnum pertenceu a um grande amigo meu, Cicero Paiva. Coloquei as fotos do carro dele para que quem não conheceu um azul cadet, possa vislumbrar sua beleza ímpar! 

Estas duas fotos foram tiradas no pátio da casa dele, em Sapiranga RS.
                                Na próxima postagem Dodge Dart 1977, branco

57 comentários:

  1. Ola cuti,Cara que história sem palavras,depois de almoçar fazer uma leitura decas,vou trabalhar bem mais humorado,assim digamos....Meus parabéns meu velho,que continue sempre a nos alegrar com estas histórias incríveis....Abraço Marcelo

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  2. Cuti, só me diz uma coisa: como retirou o motor do ferro-velho (comprado enquanto criança) e que fim deu a ele?

    Abs,

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  3. Cuti, o que você fez com o motor que comprou do ferro velho do urso?
    Quando eu ia no ferro velho eu comprava rolemento pra por no carrinho de rolema!kkkkkk
    Até mais !!!!!!!!!

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  4. Marcelo
    Obrigado pelo comentário meu amigo! Bom que a postagem te dara ânimo para enfrentar a tarde de trabalho!!
    Abração

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  5. Renon
    Combinei com o sr Arsenor de ele levar o motor até minha casa, com uma velha camionete que ele tinha. Chegando lá, desceu o motor com a ajuda de uma prancha de madeira postada na carroceria.
    Tenho ele ainda guardado, este vai morrer comigo
    Obrigado pelo comentário meu amigo
    Abração

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  6. Fabrício
    Como disse a amigo Renon acima, ainda tenho o motor guardado.
    A gente sempre tem algo para pegar em ferr-velho, é incrível!!!
    Obrigado pelo comentário meu amigo!
    Abraço

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  7. Bããã que histórias hein? hehe
    Fico imaginando a cara do tal "Homem" quando disse à ele que queria comprar o motor 318... kkkkk
    E quanto ao Magnum, realmente é muito lindo!
    Tem um branco/perola que circula por taquara.. nada original, mas bem bonito hehe
    Abraço, Mephistto.

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  8. pooo po cuti, eu nem tinha me ligado que dava pra seguir o blog, tri tonto, foi mal hehe
    agora estou devidamente entre a equipe :D

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  9. Que bela história, hein? Tocar galinha dentro de carro em ferro velho é uma coisa que eu não me vejo fazendo, rsrsrsr.

    Também tenho um 318 que vai servir de cobaia para meu aprendizado mecânico. Depois de fazê-lo girar, pretendo colocar no meio da minha sala.

    Inté!

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  10. Mephistto
    Quase me batu quando insisti na compra o 318, foi por pouco!!
    Sim eu conheço o branco, mas, o carro é "peludo"!!
    Abração

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  11. Fala Leroi
    Se eu pudesse voltar no tempo, tiraia com prazer centenas de galinhas de seus ninhos!! kkkk
    Grande abraço

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  12. Nossa que história,ferros-velhos tambem me fascinam,aqui na cidade que moro por causa da faculdade (Jundiaí-SP) tem um imenso ferro-velho,mas só tem pick-ups,caminhões e onibus...pra não dizer que não tem,tem um Dart parcialmente desmontado em cima de uma guincho plataforma,que tambem está bem feio,os 2 estão atirados no meio do mato nos fundos do ferro-velho.
    Esse fim de semana vou pra Jaú e Bariri com minha namorada,vou dar uma vasculhada por lá,esse interior ai deve ter muita coisa boa esperando kkkk!
    Ótima historia Cuti,abração até mais

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  13. Cuti, eu também, até hoje, passo horas em Ferro Velho. Na minha cidade tem dois, claro que não tem Dodge, mas tem Corcel I, GT, TL, Fuscão,... Corcel II.

    Mas é incrível o fim que este e muitos outros dodges tiveram.Hoje só se faz isso com essas porcarias importadas dos anos 90, Volvos, coreanos...

    Mas por que fazer isso om um Magnum tão zero????? Será que o meu acabou assim?

    abçs

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  14. Graaaande Cuti,

    Bela história!!!
    abs!!

    Edu SIlva

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  15. Caraca, um motor, tu não apanhou quando chegou com ele em casa?
    Esse "peludo" até um pouco tempo atrás estava sendo oferecido ali perto da ponte entre parobé e taquara, sei que estavam pedindo 40K, isso a 2 anos. não vao vender nunca.
    abraços

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  16. Marcos Sulista
    Tira uma foto deste dodge em cima da plataforma e me manda, o dono do ferro-velho tá desmanchando o dodge?
    Obrigado pelo comentário!!
    Abração

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  17. Vital
    A gente pensando no que foi a história dos nossos dodges antigamente, não tem como entendermos hoje, mas, foi exatamente assim como os carros novo de hoje são tratados.
    Espero que o teu não tenha acabado assim!
    Abração meu amigo

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  18. Edu Silva
    Valeu pelo comentário!!
    Abraçào

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  19. Jacson
    Não apanhei não, meu pai nunca foi de se meter em meus negócios, mesmo quando ainda não tinha idade. Ele sempre soube que eu não colocava dinheiro fora!
    Esse Magnum branco é bem ruim!! Teve aqui na oficina a alguns meses atrás, me apavorei!! E o valor que estavam pedindo é por aí, em torno de 40mil!
    Abração e obrigado pelo comentário

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Põe foto qualquer dia deste motor. Aliás, você podia por nesta postagem mesmo, pra gente já matar a curiosidade.

    A compra do motor mostrou que era mesmo o teu destino se dedicar a estes carros.

    abraço,

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  22. Renon
    Eu já queria ter postado a foto do motor aqui nesta postagem, mas o motor esta na casa dos meus pais junto com outros 46 motores! Meu pai me emprestou uma garagem para guardar peças. O negócio é que para chegar onde ele está, vou precisar trabalhar alguns dias selecionando peças que estão na frente deles e isto eu não posso fazer agora. Estou tentando organizar as peças que tenho aqui em casa e também as do meu escritório no centro da cidade. Mas um dia termino!
    Abração

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  23. Cuti. Excelente leitura de inicio de dia. Até consegui imaginar a cara do Grande Urso Branco do Sul huashuashaushusahuas. Quem dera eu quando tiver sua idade possuir metade das histórias de vida que vc possui. abraço

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  24. Bruno (caçadores de ferrugem)
    Obrigado pelo comentário meu amigo! Com certeza vais ter tantas ou mais histórias para contar. Haja visto tuas maravilhosas descobertas!!
    Grande abraço

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  25. Ahhhh duvido disse heim Cuti. Ainda faltam duas coisas para chegar la, e dois itens de peso. 1º Dinheiro suficiente para brincar uhsahusahusahusa. 2º a real extinção dos ferro-velhos de antigamente, mas vou tentar equiparar. Quero um dia poder afundar no interior de Minas aqui por perto, dizem que por la ainda existem muitas coisas

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  26. Cuti
    acho que o cara nem liga pra aquele Dodge,na verdade é assim,ficas nas margens da rodovia Anhanguera,todo dia passo ali indo pra faculdade,e é totalmente coberto de mato alto,bem no fim,na divida do terreno do ferro velho com outro sitio.,ai um belo dia de sol botaram fogo no mato ai só depois de o fogo lamber o matagal todo é que ficou aparente a plataforma com o Dart,fazia anos q passava ali e nunca tinha visto,ja tinha até entrado la no ferro-velho (tem muitos motores V8,de caminhões e blowers tambem).
    Enfim,depois da queimada ficou aparente o Dartão,a frente ja está toda retirada sem motor,paralamas,capô,a aprte ali do cofre,sem todo o interior,preciso dar uma olhada melhor e te falo,assim que der e tiro a foto tambem,deixa comigo
    bom dia

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  27. Bruno (caçador de ferrugem)
    COm certeza que no interior de Minas tem muita coisa,tem um senhor perto de casa que tem um Charger R/T 74,uma F-1 e uns 5 ou 6 jipes e caminhões militares (antigos mesmo).
    Recentemente ele foi ao interior de Minas onde segundo ele tem seus "contatos",e garimpou um Impala 64 se não me engano,estava servindo de prateleira dentro de um barracão em um sitio,trouxe pra cá botou no lava rápido e vendeu na semana seguinte por uns 40 mil dizem as más linguas aqui hahaha,com motor travado e tudo,porem tava inteirão,pois estava dentro de um barracão.
    Enfim ele diz que quando ta com a moringa quente da cidade,vai pro interior e disse que Minas é um dos melhores lugares para caçar essas preciosidades ,depois da um trato,as vezes fica com elas,as vezes vende...vida boa hahaha

    até mais

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  28. Marcos Sulista
    Beleza então! É que fico curioso quando escuto falar em dodges ainda em ferro-velho. Isto não é nada normal nos dias de hoje!!
    Mas este ferroso aí deve ter muitas coisa à se procurar!! Quando puder , tira uma fotos!!
    Abração

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  29. Marcos e Bruno
    Vou acabar indo para Minas!! O comercial é forte e o coração tá descompassado!! kkkk

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  30. Cuti
    deixa comigo ,tem muita coisa lá,é especializado em camnhões e onibus,mas tem muita pick-up tambem,to afim de achar uma F-1000 por lá,pra dar uma de Alan Jackson hahaha.
    vou tirar as fotos assim que der um tempo e te mando

    até mais

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  31. Cuti faz assim, recebo vcs em minha humilde residencia e depois vc nos recebe la no sul, ai vamos para minas e no interior do SUl procurar coisa boa. Não esquecendo a cerveja e o tereré, ou como os gauchos chamam a versão com agua quente: O chimarrão. husahusahuas

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  32. Marcos Sulista
    Vê se acha algum F600 militar por lá!! Ano 71. Tô precisando de algumas peças!!
    Abraço

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  33. Bruno (caçadores de ferrugem)
    Combinado então!!Muito chimarrão, cerveja e churrasco kkkkkkkkkkkkkk

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  34. Mais uma ótima estória Cuti. Fico sempre de olho vivo para teu blog . Como disse outra vez aqui , sou fâ dos Dodges e sempre serei. Viva o ronco dos v8 e da lenta embaralhando , é música . Puxa vida , 46 motores. Grande abraço.
    Luís Fernando - NH

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  35. Caro Luis Fernando
    Agradeço o comentário e as visitas ao blog!
    Cara, tem 46 na casa dos meus pais, mas nem todos são de dodge, tem alguns 302 e também alguns 272 e 292, da Ford. Entretanto, tinha alguns aqui no meu escritório que já acomodei na minha casa, acho que uns 15. Nas fotos da direção e do painel aparecem alguns já "engavetados" nas prateleiras. Acho que ao todo deva dar uns 60 entre 318, 302, 292 e 272. É um lote!!
    Abração e continua visitando o blog que em alguns dias tem mais!!

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  36. Cuti,

    Eu me lembro de tu ter me contado por cima essa estória do triste fim desse Magnum Azul Cadete ano 79, o famoso "triple blue" (Azul metálico com interno azul e vinil azul), realmente um carro lindo !!!
    Lembro com dor no coração ao ver tantos caros bacanas que foram dizimados nos desmanches da vida...e eu compartilho exatamente da mesma doença tua, ou seja, não posso ver um desmanche que fico MALUCO !!!!
    Já foi pior, principalmente naquela época em que tinha carros de verdade, aqueles que a gente se divertia vendo as "gambiarras" ou então a verdadeira originalidade...E quais seriam as estórias por trás dessas sucatas ???
    Quando que um sujeito foi numa concessionária buscar um carro desses novinho em folha e certamente NUNCA iria imaginar que o mesmo iria ser picado aos pedaços...
    Agora também veio um filme na minha cabeça ao lembrar de um lindíssimo Magnum 79 azul estelar com vinil e teto solar, interno azul, placas amarelas, ABANDONADO NA RUA menos de dez anos depois de ter saído novo, no bairro onde eu estudava, Higienópolis, lugar de classe média-alta...Provavelmente seu dono se mudou ou mesmo faleceu e ninguém quis o carro, daí ele foi jogado na rua como lixo e mendigos dormiam dentro dele...Ainda tinha as calotas, e o emblema "Chambord-Auto" na tampa da mala traseira...
    Ahhh, tantas estórias pra lembrar...
    Viajei contigo nessa, meu velho !!!
    Abração !!!

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  37. opa,deixa comigo que dou uma olhada lá e te digo se tem algo,v8 do f600 tem,e muito,dou uma olhada lá quando conseguir e peço uma relação pro cara,e te passo...

    até

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  38. Marião!
    Sei bem que temos vários gostos em comum, nossas conversas sempre fluem agradavelmente!
    Um dia ainda tenho vontade de sair novamente por ai, com um bom camarada, assim como tu, para sair a caça de raridades e ferros-velhos perdidos no tempo!
    Tem uma historia que vou contar, mais pra frente, de um Dart 79 que foi abandonado e eu comprei com 4mil e poucos quilômetros. De chorar!!
    Plaquinha da Chambord-audo??? Aguarda!!!
    Abração meu amigo

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  39. Marcos Sulista
    Preciso de algumas tralhas do F600, braços do limpador de para-brisa (externos), maçanetas de vidro e porta internas entre outras bobagens, mas difíceis de achar por aqui.
    Caso o amigo achar alguma coisa me fala!
    Abração

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  40. Grande Cuti!

    Mais uma da grandes histórias com Dodges.
    Comprar um motor de Dodge, mesmo sem ter sequer idade para dirigir foi muito legal.
    Capricha na decoração do novo escritório oficina meu velho.

    Mauricio
    http://showroomimagensdopassado.blogspot.com/

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  41. Cuti,

    Você é muito louco !!! kkkkkk .... Esse post foi demais .... Comprar um motor de Dodge no desmanche com, sei lá, uns 10 anos de idade dá atestado de loucura precoce fácil !!! E o que dizer de ter 60 motores !!! kkkkk ... Doenças ...

    Eu também sempre fui xarope, com algumas coisas em comum ... Quando eu aprendi a ler de verdade, em 1976 - 1977, a coisa que eu mais gostava de ler eram anúncios de Dodges no Estado de São Paulo ... Os que eu mais gostava eram os anúncios de Dart 70, porque eles custavam uma ninharia absurda ... Eu tinha uma caderneta de poupança Haspa, e em pouco tempo a minha caderneta de criança já daria para comprar um Dart 70 !!! Aliás teria feito melhor negócio se tivesse feito isso, porque algum tempo depois a Haspa faliu e eu perdi tudo !!! kkkkk ....`

    Desmanches eu frequentei muito .... No Charger 71 que veio de Bagé eu coloquei uma grade de Charger 71 que eu tirei de um Charger num desmanche na entrada de Jaguariúna ... O carro era muito inteiro, mas tinha tido o teto cortado para servir de carro alegórico no Carnaval da cidade ... Na época eu não sabia ler as plaquetas, então até hoje não sei se era um Charger ou um R/T 71 !!! Detalhe: era 3 Dodges cortados para o Carnaval, 2 Chargers e 1 Dart ...

    Na saída de Piracicaba para Saltinho tinha um desmanche ótimo, acho que o dono chamava Zizi, ou algo assim ... Muitos Dodges no pátio ...

    Mas se no interior tinha muita coisa, mada se comparava com a capital ... Av Ricardo Jafet ... Tinha o desmanche do Edson, bem no finalzinho, quase na Imigrantes ... E mais para trás o Aquarius ... Do lado oposto da avenida vários desmanches menores, mas com mutos dodges ... Lembro de um Magnum azul estelar desmanchando num desses menores, que me cortou o coração ... Pintura de fábrica, uns podrinhos e já era ...

    Outro lugar forte era a estrada velha de Campinas, parada de Taipas .. Lá tinha uns depósitos dos desmanches ... O que um desmanche grande não conseguia colocar no pátio, levava para lá ... Tirei um painel de um Veraneio 64, impecabilíssimo, que tenho até hoje, quase 25 anos depois ... Era bom demais ...

    Mas hoje meu grande sonho é o dia que eu não tiver mais NENHUMA peça, que todas tenham sido usadas na sminhas restaurações, ajudando a ressuscitar um defunto automobilístico !!!! kkkk

    Cuti, é melhor a gente não se encontrar nunca ... Porque senão vão ser uns 3 meses de conversa , no mínimo ... kkkk

    Abraços,

    Badolato

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  42. Caro amigo Maurício
    Obrigado pelo comentário!! Com certeza no dia em que ficar pronto, vamos fazer um bom churrasco lá! Tá convidado!!
    Abração

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  43. Caro Badolato!
    O mundo é bem intrigante mesmo, como certas pessoas, que vivem tão distantes umas das outras, são tão parecidas em certos detalhes?? E se não fosse a porcaria da internet?? A gente nunca ia se conhecer!! kkkkkkkkkkk
    Mas falando sério, ferro-velho é minha loucura! Se eu tivesse conhecido estes enormes aí de SP, acho que moraria dentro de um deles, ou talvez, pediria um emprego de guarda!!! Passaria o dia e a noite toda lá!!
    Imagina se tu tivesse pego o dinheiro da tua poupança o comprado um dart 70?? Teria ganho muito mais do que qualquer aplicação!!! Dodge é um tremendo de um investimento!!!! Daqui a pouco vai entrar na bolsa de valores kkkkkkkkkkkkkkkk!!!
    Obrigado pelo comentário amigão!
    Um abraço!

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  44. Meste Cuti,

    um bom psiquiatra diagnosticaria você, o Badolato, o Vital, o Marião (e eu) como irrecuperáveis.

    Pouco tive oportunidade de visitar bons ferro-velhos, agora estão sumindo todos. Passei esta semana em frente a Landauto e parece que não existe mais! Havia algumas carcaças desses carros que não valem nada mesmo zero e só! Não sei se mudaram ou se o negócio acabou, mesmo.

    Tenho vontade de dar uma olhada nesses pátios de veículos apreendidos, alguns mantém carros por décadas. Numa dessas acho algo interessante...

    Grande abraço amigo.

    Reinaldo
    http://reiv8.blogspot.com

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  45. Cuti!

    Um dia para você e o Badola conversarem é pouco.
    Acho mais fácil o Badola tirar uma semana de férias e passar alguns dias aqui.

    Forte abraço
    Mauricio

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  46. Este interior azul que a Chrysler disponibilizava para os Magnum/Le Baron/Charger R/T e Polara foi a coisa mais linda que já se fez em termos de acabamento no Brasil. Babo litros, e litros, e litros, quqndo vejo um. Absolutamente espetacular!

    Mr. Car

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  47. Caro Reinaldo
    Imagine se fossemos nós cinco internados na mesma clinica psiquiátrica ?? Os médicos iriam enlouquecer!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Landauto seria um ferro-velho de Galaxies?? Bacana!!
    Aqui no sul, os depósitos de carros apreendidos só tem coisas novas, já fazem uns dez anos que os leilões são feitos no minimo uma vez por ano. Lembro que nas primeiras vezes, lá por 2002, 2003, foram vendido muitos dodges, mavericks e galaxies que estavam presos nos depósitos. Mas agora não tem mais nada interessante!
    Abração meu amigo!

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  48. Maurício!
    Seria uma ótima semana!! Churrasco o dia todo, muita conversa e trago rolando solto!! kkkkkkk
    Abraçào

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  49. Prezado Mr. Car
    Com certeza, muito lindo!! Um padrão inigualável de beleza!!!
    Obrigado pelo comentário meu amigo!
    Grande abraço

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  50. Fala Cuti!
    Muito legal a história sobre o ferro-velho, imagino a sensação de ver um monte de Dodges lá... um misto de pena e empolgação...
    Curiosidade: como trouxe o motor?!!?!? Pq o 1800 do Polara já é pesado d++++++++, imagino um 318!!! Hahhaahha
    Sobre o Magnum, muito difícil ver um Cadet, uma das cores mais bonitas na minha opinião. Adoro esses azuis claros: Capri/Cadet/Geada.

    Abração!

    Obs: valeu pelo cadastro no fórum!!!

    http://dodgefever.blogspot.com/
    http://dodgefever.forumeiros.com/

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  51. Marcos
    O motor foi levado até minha casa pelo dono do ferro-velho, em uma F100.
    Posteriormente eu desmanchava e montava o motor, várias vezes.
    Estou entrando todos os dias no forum para dar uma olhada. Vou seguindo de leve!
    Obrigado pelo comentário
    Grande abraço meu amigo!

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  52. Nossa Cuti! mais um ótimo post!

    Tive que rir imaginando o que o "ogro" deve ter pensado de ti quando tu apareceu querendo comprar o motor... hehehe! Quanto aos surtos mentais, não te preocupa, eu também sofro deles e nunca me fizeram mal! Também me pego seguido pensando como deveria ser naquela época, com aqueles carros e caminhões circulando pelo Rio Grande afora... que imagem linda!
    Quanto ao Magnum, ainda bem que tu comprou mesmo, imagina o destino que o coitado teria no meio daquela imundície... ia ser picado e vendido a quilo, certamente!

    PS: 60 MOTORES!! mas que estoque hein!!!

    Um grande abraço!

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  53. Caro amigo André S. Pereira
    No meu entender, também penso que as coisas antigamente eram bem melhores, mas fazer o que, né? O negócio é relembrar com alegria o que já passou, e tentar não esquecer!
    Com certeza este Magnum iria ser todo picado e "fervido", pelo menos salvei as peças!!
    Obrigado pelo comentário meu amigo! E um feliz Natal pra ti e tua família.
    Grande abraço

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  54. Boa Cuti! a algum tempo acompanho seu blog, tinha intenção de so me apresentar quando acabasse de ler todos seus posts,mas apessar de todos terem me levado a aureos tempos , este realmente foi demais, me levou a uma epoca da vida q foi realmente espetacular ,epoca vivida por poucos felizardos, gente com vc, Badolato,Mario, Rei, eu ,entre outros então não me contive tive q me adiantar.Lembro-me claramente de rondar desmanches ,dentre eles os citados pelo Badolato,inclusive o Aquarius, meu pai tinha na epoca uma mecanica na Av Jabaquara, iamos la direto buscar peças de repossição ,e seja la ,como em qualquer outro desmanche, enquanto meu pai negociava ,eu vagava pelos patios a procura de Dodges e Galaxies, adentrava nos pobres veiculos e ficava atento a detalhes de acabamento ,logico q ñ para lucrar mesmo pq na epoca ñ valiam nada, mas pra forrar as prateleiras do meu quarto com botões de painel ,emblemas etc, inclusive um remancente desta epoca, um emblama central do painel do Dart e q ficou guardado cuidadosamente todos estes anos na minha gaveta, vai voltar a embelezar o painel de um Dodge, meu recem adquirido e em reconstrução o 76.Fiquei muito tempo fora do meio, por problemas pessoais ,mas pricipalmente por desgosto de ter me desfeito, por puro desespero inutil, do meu ultimo Dodge, um R/T 76 do qual fui 3º dono, os primeiros foram pai e filho,extremamente zelosos, então vc imagina o "naipe" do menino, te juro Cuti, cheirava a novo,tive muitos Darts, alguns Galaxies e 2 Mavericks, um inclusive com 318 automatico, era um capeta ,mas isso e outra historia ,mas esse R/T foi minha paixão por 6 anos,depois desse fato tentei me transformar num ser normal,ter carros q a sociedade e as esposas consideram "ideais" ou seja ;pequeno,apertado,de plastico e pricipalmete ,preto ou prata.Ate q percebi q ja não era mais feliz ,ja não era mais eu,então recentemente dei a volta, voltei em definitivo adquiri o 76,voltei a participar e conversar com pessoas q gostam ,a frequentar eventos,então voltei a sentir o "prazer" novamente,portanto lhe digo meu amigo ,vc ganhou mais um fã e seu blog mais um seguidor,tomara q vc ainda tenha muito o q contar, enquanto isso vou continuar te conhecendo pelos posts antigos, afinal o q e bom tem q ser apreciado beeem devagar, um abraço!

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  55. Prezado amigo Homero
    Teu comentário é realmente prazeroso de ler!! Aos poucos vejo que, assim como eu, existem inúmeras pessoas que apreciam os verdadeiros automóveis que foram fabricados neste mundo, os automóveis com história.
    Pessoas como tu são as que me inspiram a continuar escrevendo! Nestas horas que vejo o quão bom é poder escrever e contar minhas histórias neste blog!
    Te agradeço imensamente pelo comentário fantástico!
    Obrigado por tudo! Um grande abraço ao amigo

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  56. tenho um motor v8 318 completo ano 1996 injetado vendo 5000 reais.....se alguem tiver a procura so ligar 042.3624.21.23 carlos

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  57. Na cidade de Patos de Minas/MG, tem 2 dodges como que escondidos e guardados. Um é um charger R/T ano 79 bege cashmere com 1/2 teto e capuz vermelho-afegão. Outro é um dart coupê ano 71 branco teto vinil preto. Todos 2 não sofreram nenhuma maquiagem, tudo originalíssimo. O charjão é de um tal de Bozó mecânico. O dart é de uma professora aposentada, muito querida e conhecida na cidade, incrível, tem uns 80 anos e ainda o dirige, é a Dona Elvira Porto que o comprou zero na vizinha cidade de Araguari/MG...:)

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