quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Charger R/T 1978 Ouro Toledo

               Quando avistei este Dodge para venda em um "picareta" de carros em Taquara logo me interessei, pois tinha uma cor diferente dos que já tive anteriormente. Ouro Toledo, código de plaqueta PT-1. Então fui olhar o estado geral do carro e tirar informações sobre o preço pedido pelo vendedor. O Dodge pertencia a um senhor que residia no município de Santo Antônio da Patrulha. Deixou o carro para venda em Taquara pois era amigo do vendedor, sendo que por este motivo, não entrei em tratativas de compra com ele e nem o conheci.
                Logo após saber o preço pedido pelo carro, ofereci a minha Veraneio em troca. Entramos em negociação e o vendedor logo se mostrou interessado pela minha propósta: Eu dava a minha Veraneio em troca do Dodge e ele me voltava mais um valor em dinheiro. Não lembro quanto foi esta volta, mas era um valor bem considerável. Como já tinha relatado anteriormente, os Dodge não valiam quase nada ao contrário da Veraneio que tinha um bom valor de mercado e era muito procurada. Sem contar o fato de que estava toda reformada, resumindo fechamos o negócio no mesmo dia. 
FOTO TIRADA NO PÁTIO DA CASA DOS MEUS PAIS
                       Tive um pouco de dor de cabeça para regularizar a documentação do Dodge, pois o vendedor não tinha o recibo de transferência, disse que teria que pegar com o dono e me entregaria em alguns dias. Depois de várias tentativas de conseguir o recibo sem sucesso, passados mais de um mês da compra, resolvi ir atrás do antigo dono. Descobri o endereço e fui a cidade de Santo Antônio da Patrulha. Na primeira tentativa consegui falar com a esposa do antigo dono do carro, me disse ela, que o marido tinha entrado em um conflito com o vendedor de carros porque não o tinha autorizado a troca do carro por outro, queria apenas vender. Me disse também que achava que o marido não iria assinar o recibo de venda e que o melhor que eu teria a fazer era desfazer o negócio. Era um caso bem complicado, pois o vendedor neste espaço de tempo, já havia vendido a minha Veraneio para outra pessoa e não tinha repassado o valor em dinheiro para o dono do Dodge.
                         Depois de gastar muito do meu verbo com a senhora, tentando explicar que eu não tinha nada a ver com o negócio mal feito pelo vendedor e que era injusto ele não assinar. Bom... depois disso tudo, ela me disse que eu voltasse para casa que ela iria conversar com  o marido e tentar resolver da melhor maneira possível.  
                         Uma semana depois retornei a Santo antônio da Patrulha e por mais incrível que possa parecer, a esposa do antigo dono do Dodge me entregou o recibo, assinado e reconhecido firma em cartório. Voltei para casa com um peso a menos nas costas.
FOTO TIRADA PELO MEU AMIGO ERALDO CANANI. A DKW É DELE E NA DIREÇÃO O DUDA, IRMÃO DO ERALDO, ENSAIANDO UMA VOLTINHA

                          O Dodge tinha alguns pequenos reparos para serem feitos na lata, alguns pequenos amassadinhos e um polimento. Passadas algumas semanas o carro estava arrumado como eu queria. este Dodge foi um carro que me deu muita satisfação, além de ser muito bonito e chamativo, era ótimo de andar.
                           Nesta época eu estava com dois Charger R/T na garagem, este e o outro 76 branco. Passado algum tempo apareceu comprador com uma proposta irrecusável  para o Dodge Charger branco. Foi vendido para um rapaz da cidade de Igrejinha, fica a menos de 10km de Taquara. Em torno de um ano após ter vendido, eu vi este Charger R/T branco em um ferro velho naquela cidade, do qual comprei várias peças. Teve um destino comum se tratando de Dodge na década de 80.
                           O Charger Ouro Toledo, acho que teve um destino diferente. Foi vendido alguns meses depois do Charger branco para uma juíza do interior do estado, se não me engano, município de Santa Barbara do Sul. Esta juíza estava na época aqui em Taquara olhando um outro Dodge para comprar. O carro era de um amigo meu, senhor Jacó. ele tinha um Charger R/T 1974 amarelo, simplesmente NOVO. Não sei porque mas o negócio entre eles não evoluiu. Assim, ela ficou sabendo do meu Dodge e acabou batendo na casa dos meus pais. Deixei ela olhar detalhadamente e depois fiz um preço para não vender, acho que o dobro ou até o triplo do que valia, mas... ela "bateu o martelo". No outro dia de manhã ela viajou com o carro para casa. Infelizmente nunca mais tive notícias deste carro.
                           O Charger R/T 74 amarelo do senhor Jacó foi vendido também algum tempo depois para uma rapaziada, também para a cidade de Igrejinha, teve também um triste fim. Primeiro ficou grudado em um poste de iluminação pública, foi arrumado como a "cara"do chapeador e vendido novamente para Taquara. Foi comprado por um senhor que tinha uma carrocinha de cachorro quente, em certas ocasiões fiz alguns serviços no Dodge deste senhor, mas o estado era realmente muito ruim. A última vez que vi o Charger amarelo do meu amigo Jacó foi no ferro velho do falecido senhor Arsenor em Taquara, pai do senhor Derocí, que muitos anos depois me vendeu um caminhão Mercedes Benz, juntamente com a concessão do serviço de guincho de Taquara (Remoção e depósito de veículos apreendidos em acidentes de trânsito, furtados, roubados e com problemas de documentação).  
GARAGEM DE VÁRIOS  DODGES MEUS, QUE ATE NOS DIAS ATUAIS, AINDA ACOMODA UM DODGE. 
                               Bom, estava eu sem carro de novo e principalmente sem Dodge. Mas isto não durou muito tempo. Na época eu tinha muito serviço na minha oficina e estava com uns planos de ter um guincho para buscar carros, tanto de clientes como também para resgatar Dodges que eu comprava. Desde os tempos remótos de guri, sempre admirei muito os Ford F-600, F-350 e F-100. Lógico que todos com motor V8. Então logo meu pai achou uma Ford F350 V8 ano 1965 abandonada, que foi resgatada . Mas esta fica para a próxima postagem. 

6 comentários:

  1. bah, sem comentarios.. mas bem que esses tempos podiam voltar. ai eu podia dar minha bicicleta e pegar um veoitao eeeeeeeee!!!! bjoa, Tati ; ))

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  2. GRANDE CUTI
    ESSE É O DODGE QUE EU MAIS ME LEMBRO E ACHAVA O MÁXIMO. ME LEMBRO QUE NA ALAVANCA DE CAMBIO TINHA UMA PEÇA DE MOTO SE NÃO ME ENGANO.....TO CERTO?
    E A DKW TAMBÉM TEM HISTÓRIA....ME LEMBRO DO DIA DA "DESPEDIDA" DA DKW QUE FOI TODO MUNDO PRA SANTA ROSA DAR UNS CAVALO DE PAU E TIRAR UMAS FOTOS. ESSE DODGE ERA MUITO LINDO E IMPRESSIONANTE. MEMÓRIA MUITO VIVA.

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  3. BUENAS DUDA, OBRIGADO PELO COMENTARIO, É TOTALMENTE RELEVANTE AS TUAS PALAVRAS. PRECISO DE ALGUMAS FOTOS: DODGE POLARA DO ERALDO, DO DART PRETO E DA YAMAHA RD 350 DO ALDO, SERÁ QUE ELES TEM? ME MANDA UM E-MAIL. ABRAÇÃO

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  4. A RESPEITO DA ALAVANCA DE MUDANÇAS, ERA UM PISTÃO DE CINQUENTINHA (YAMAHA RD50)ABRAÇO

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  5. Impressionante, ainda tinha a tampa de gasolina original. Só meu magnum tem, dos meus três.

    abraços

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  6. Vital, este carro era muito inteiro, quase novo. Nos dias atuais, seria uma verdadeira reliquia.
    Abração
    Cuti

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