Andei meio sem idéia por estes dias, acho até que pelo excesso de trabalho que tive, ou talvez pela minha mania negativa de pensar muito no que já passou, e isto por vezes, atrapalha a minha vida presente! Quem entende do assunto, diz que não devemos viver pensando no passado e sim no presente, pois isto pode tornar a pessoa depressiva. Mas... a mente é uma coisa da qual não temos o menor controle, e se dependesse do que eu penso, não existiria, entre milhares de outras coisas, este computador aqui na minha frente. Sem sombra de dúvidas, antigamente viviamos muito melhor. A felicidade está nas coisas pequenas e simples.
Mas, não bastasse o dia a dia, tem certas datas que a gente tira para refletir mais ainda sobre a vida, no meu caso principalmente, sobre o passado. E constato o óbvio nestas reflexões: A vida vai passando, e bem rápido. Quando lembro de coisas que fiz a 30, 40 anos atrás, imediatamente me vem a cabeça, que muito provavelmente, eu não tenha mais um outro tanto deste tempo pele frente, pelo menos com uma boa qualidade de vida. Se parar para pensar nos milhões de planos e sonhos que tenho, provavelmente neste curto espaço de tempo eu não consiga realizar uma boa parte deles. Mas temos que seguir em frente, e caso consiga realizar alguns, obrigatoriamente precisa ser em um médio prazo.
Mas em contra partida a isto, já notaram que conforme vamos envelhecendo, gradativamente tudo vai mudando junto. Claro, fisicamente nem se fala, cai tudo!! Estou falando psiclogicamente. As nossas prioridades vão se tornando outras, e coisas que queriamos em um passado próximo, vão perdendo pouco a pouco o nosso interesse. O que em alguma época está no topo da lista, se não for conquistado, vai gradativamente descendo de posto, e em poucos anos não terá o mesmo sabor, ou até mesmo nenhum sabor. Entende-se isto claramente quando pensamos no porque as pessoas que são apaixonadas por um determinado bem ( no caso carro), em alguma época da vida, os vendem?? Porque?? O interesse do ser humano pelas coisas é muito passageiro!! E acreditem, não tem o valor que pensamos ter. É fugaz, efêmero.
Bom... apesar disto, lá, bem no fundo do meu íntimo e apesar de eu não cozinhar mais na primeira fervura, em certos momentos, ainda penso como um guri! E espero que estes rompantes pensamentos continuem a vir de quando em vez!!
Bueno, resolvi postar hoje porque é um dia especial para mim, neste 30 de março, compléto 46 anos. Então dedico esta postagem em prol de tudo o que realmente nos faz seguir e olhar para frente. Os meus familiares e amigos, incluindo vocês, meus amigos virtuais, que muitos, espero conhecer pessoalmente em um futuro próximo.
Como todos vocês sabem, e estão carecas como eu de saber, sempre me interessou tudo que fosse relacionado a Dodge. A algum tempo atrás, coloquei no blog alguns recortes de anûncios de compra e venda, que eu colecionava. Mas estes não éram os únicos, tinham outros recortes que me interessavam bastante e que eu também me dava ao trabalho de recortar dos jornais e guarda-los. Eram as reportagens com os acidentes de trânsito envolvendo Dodge, Galaxie e Maverick.
Desde o tempo em que viajei com meu pai como vendedor, isto lá nos longínquos anos setenta, estive sempre atento onde tinham desmanches de carros, depósitos de veículos apreendidos em acidentes de trânsito ou postos de polícia rodoviária. Sempre, ou quase sempre, tinham dodges, galaxies ou mavericks batidos.
Acho que nas décadas de setenta e oitenta, os acidentes de trânsito também contribuiram, e muito, para o extermínio destes três automóveis. Gostaria de ter dados de estatísticas sobre os acidentes envolvendo estes três carros. Mas acho que infelizmente isto não existe.
Lembro bem de um Charger RT 1978, bege indiano, com um grande trailer atrelado atrás, ( Buzian, acho que era turiscar), este carro estava no posto da Policía Rodoviária Federal, na BR101, em Araranguá-SC. Meu pai parou para olharmos o carro. Isto foi no ano de 1978 ou no máximo 1979. Uma carreta Scania simplesmente cortou o Charger ao meio. O banco dianteiro do passageiro estava exposto, pendurado no carro. Não existia mais carro no lado esquerdo. Segundo contaram as pessoas presentes no local, o Dodge estava tentando uma ultrapassagem forçada e bateu de frente em um Scania Vabis.
Outro que lembro bem, um Dart sedan, também em um posto da Policia Rodoviária Federal, na BR386, perto de Lageado-RS. O Dartão literalmente virou um chinelo, acho que um caminhão deve ter virado em cima dele.
Outro acidente, e este inusitado, foi o que eu e um amigo presenciamos no início da década de 80, em Porto Alegre. Foi em uma madrugada de quinta para sexta feira, na lomba da rua Mostardeiros, logo que termina a Av Independência. Estavam um Opala e um Charger RT preto fazendo um pega, quando o Charger pegou a descida da Mostardeiros, se perdeu. Eu e meu amigo estavamos lá em baixo, na Av. Goethe. Para quem não conhece, a Goethe corta a Mostardeiro. Quando escutamos o ronco dos carros e olhamos para cima, o Dodge já vinha se atravessando no meio da rua. E o aclive desta rua é muito forte. Dependendo da velocidade que o carro venha, quando entra na descida da Mostardeiro, o carro tira as quatro rodas do chão. Parece as ruas de São Fancisco nos EUA. Acho que foi exatamente isto que aconteceu com o Charger preto. No meio da descida, depois de uma série de gineteadas, bateu direto em um poste de ferro, da iluminação pública. Corremos em direção ao acidente. O cara que estava dirigindo o Dodge se machucou bastante, mas que eu saiba não morreu. Lembro que o paralamas e a porta, lado esquerdo, foram arrancados do carro e pararam longe. Pareciam peças de papel retorcido. O carro ficou destruido.
Outro acidente que me marcou bastante, que tentei muito conseguir uma foto no jornalzinho aqui da região, mas não foi possivel. Foi com um Dodge Dart 1980 preto. Novo! Isto foi no ano de 1981. Um dentista, bem conhecido aqui na região tinha adquirido este Dart quase novo, o carro tinha apenas alguns meses de uso. Alguns meses depois de compra-lo, ele estava indo de Taquara para a cidade de Três Coroas, via RS115. Na metade do caminho fica a cidade de Igrejinha, aqui ao lado de Taquara. Neste percurso existe um viaduto, o Dart ia em um sentido e uma Brasilia vinha no sentido contrário. Bem em cima do viaduto, na soleira, estavam indo dois guris em uma bicicleta. Os guris se desequilibraram e entraram na via. A Brasilia não tinha como desviar a direita, pois estava em cima do viaduto. Então desviou dos guris para o lado esquerdo da via. Deu de frente no Dart. No Volks estavam um casal de idosos que morreram na hora. O Dono do Dart não se machucou, mas destruiu a frente do carro. Algum tempo depois, eu e minha turma estávamos no ferro velho do Fábio, em Novo Hamburgo e encontramos o Dart lá, todo desmanchado.
Alguns recortes:
Mas, não bastasse o dia a dia, tem certas datas que a gente tira para refletir mais ainda sobre a vida, no meu caso principalmente, sobre o passado. E constato o óbvio nestas reflexões: A vida vai passando, e bem rápido. Quando lembro de coisas que fiz a 30, 40 anos atrás, imediatamente me vem a cabeça, que muito provavelmente, eu não tenha mais um outro tanto deste tempo pele frente, pelo menos com uma boa qualidade de vida. Se parar para pensar nos milhões de planos e sonhos que tenho, provavelmente neste curto espaço de tempo eu não consiga realizar uma boa parte deles. Mas temos que seguir em frente, e caso consiga realizar alguns, obrigatoriamente precisa ser em um médio prazo.
Mas em contra partida a isto, já notaram que conforme vamos envelhecendo, gradativamente tudo vai mudando junto. Claro, fisicamente nem se fala, cai tudo!! Estou falando psiclogicamente. As nossas prioridades vão se tornando outras, e coisas que queriamos em um passado próximo, vão perdendo pouco a pouco o nosso interesse. O que em alguma época está no topo da lista, se não for conquistado, vai gradativamente descendo de posto, e em poucos anos não terá o mesmo sabor, ou até mesmo nenhum sabor. Entende-se isto claramente quando pensamos no porque as pessoas que são apaixonadas por um determinado bem ( no caso carro), em alguma época da vida, os vendem?? Porque?? O interesse do ser humano pelas coisas é muito passageiro!! E acreditem, não tem o valor que pensamos ter. É fugaz, efêmero.
Bom... apesar disto, lá, bem no fundo do meu íntimo e apesar de eu não cozinhar mais na primeira fervura, em certos momentos, ainda penso como um guri! E espero que estes rompantes pensamentos continuem a vir de quando em vez!!
Bueno, resolvi postar hoje porque é um dia especial para mim, neste 30 de março, compléto 46 anos. Então dedico esta postagem em prol de tudo o que realmente nos faz seguir e olhar para frente. Os meus familiares e amigos, incluindo vocês, meus amigos virtuais, que muitos, espero conhecer pessoalmente em um futuro próximo.
Como todos vocês sabem, e estão carecas como eu de saber, sempre me interessou tudo que fosse relacionado a Dodge. A algum tempo atrás, coloquei no blog alguns recortes de anûncios de compra e venda, que eu colecionava. Mas estes não éram os únicos, tinham outros recortes que me interessavam bastante e que eu também me dava ao trabalho de recortar dos jornais e guarda-los. Eram as reportagens com os acidentes de trânsito envolvendo Dodge, Galaxie e Maverick.
Desde o tempo em que viajei com meu pai como vendedor, isto lá nos longínquos anos setenta, estive sempre atento onde tinham desmanches de carros, depósitos de veículos apreendidos em acidentes de trânsito ou postos de polícia rodoviária. Sempre, ou quase sempre, tinham dodges, galaxies ou mavericks batidos.
Acho que nas décadas de setenta e oitenta, os acidentes de trânsito também contribuiram, e muito, para o extermínio destes três automóveis. Gostaria de ter dados de estatísticas sobre os acidentes envolvendo estes três carros. Mas acho que infelizmente isto não existe.
Lembro bem de um Charger RT 1978, bege indiano, com um grande trailer atrelado atrás, ( Buzian, acho que era turiscar), este carro estava no posto da Policía Rodoviária Federal, na BR101, em Araranguá-SC. Meu pai parou para olharmos o carro. Isto foi no ano de 1978 ou no máximo 1979. Uma carreta Scania simplesmente cortou o Charger ao meio. O banco dianteiro do passageiro estava exposto, pendurado no carro. Não existia mais carro no lado esquerdo. Segundo contaram as pessoas presentes no local, o Dodge estava tentando uma ultrapassagem forçada e bateu de frente em um Scania Vabis.
Outro que lembro bem, um Dart sedan, também em um posto da Policia Rodoviária Federal, na BR386, perto de Lageado-RS. O Dartão literalmente virou um chinelo, acho que um caminhão deve ter virado em cima dele.
Outro acidente, e este inusitado, foi o que eu e um amigo presenciamos no início da década de 80, em Porto Alegre. Foi em uma madrugada de quinta para sexta feira, na lomba da rua Mostardeiros, logo que termina a Av Independência. Estavam um Opala e um Charger RT preto fazendo um pega, quando o Charger pegou a descida da Mostardeiros, se perdeu. Eu e meu amigo estavamos lá em baixo, na Av. Goethe. Para quem não conhece, a Goethe corta a Mostardeiro. Quando escutamos o ronco dos carros e olhamos para cima, o Dodge já vinha se atravessando no meio da rua. E o aclive desta rua é muito forte. Dependendo da velocidade que o carro venha, quando entra na descida da Mostardeiro, o carro tira as quatro rodas do chão. Parece as ruas de São Fancisco nos EUA. Acho que foi exatamente isto que aconteceu com o Charger preto. No meio da descida, depois de uma série de gineteadas, bateu direto em um poste de ferro, da iluminação pública. Corremos em direção ao acidente. O cara que estava dirigindo o Dodge se machucou bastante, mas que eu saiba não morreu. Lembro que o paralamas e a porta, lado esquerdo, foram arrancados do carro e pararam longe. Pareciam peças de papel retorcido. O carro ficou destruido.
Outro acidente que me marcou bastante, que tentei muito conseguir uma foto no jornalzinho aqui da região, mas não foi possivel. Foi com um Dodge Dart 1980 preto. Novo! Isto foi no ano de 1981. Um dentista, bem conhecido aqui na região tinha adquirido este Dart quase novo, o carro tinha apenas alguns meses de uso. Alguns meses depois de compra-lo, ele estava indo de Taquara para a cidade de Três Coroas, via RS115. Na metade do caminho fica a cidade de Igrejinha, aqui ao lado de Taquara. Neste percurso existe um viaduto, o Dart ia em um sentido e uma Brasilia vinha no sentido contrário. Bem em cima do viaduto, na soleira, estavam indo dois guris em uma bicicleta. Os guris se desequilibraram e entraram na via. A Brasilia não tinha como desviar a direita, pois estava em cima do viaduto. Então desviou dos guris para o lado esquerdo da via. Deu de frente no Dart. No Volks estavam um casal de idosos que morreram na hora. O Dono do Dart não se machucou, mas destruiu a frente do carro. Algum tempo depois, eu e minha turma estávamos no ferro velho do Fábio, em Novo Hamburgo e encontramos o Dart lá, todo desmanchado.
Alguns recortes:
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Este é bem conhecido, saiu em todos os jornais do Brasil e até no exterior. O jogador do Gremio, Everaldo. Ano 1974. |
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Este não tem o que dizer, é só ler a reportagem!! Ano de 1981. Só uma ressalva, Dodge na frente!!! |
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O Dodge que perseguia o PumaGTB, parado em frente a uma delegacia de polícia |
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Maverick GT se envolveu em um engavetamento, na BR116, São Leopoldo-RS |
O Galaxie LTD
Este carro estava parado por muito tempo dentro de uma garagem de um quarto de motel de Taquara. Eu conhecia o dono, sr Germano, sujeito muito simpático e calmo. Tem um defeito de nascença nas pernas e não conseguia mais dirigir o Galaxie.
A poucos dias atrás encontrei ele no centro de Taquara, conversamos por algum tempo e lhe perguntei se não tinha algumas fotos do Galaxie. Infelizmente ele não tinha.
Nas diversas vezes em que fui a este local profano, este carro encontrava-se parado, sempre na mesma garagem. Então, em uma certa madrugada quando estava saindo deste motel, perguntei ao sr Germano se o carro era de venda. Ele me disse que precisava urgentemente desocupar a garagem e que ele já tinha dado o carro de presente para um conhecido amigo dele, mas como o cara não vinha buscar, ele me venderia a "banheira". Aí lhe perguntei por quanto $$ ? Ele disse:-Me paga mais uma diaria no motel e ele é teu! Fechamos negócio ali mesmo, no guiche do motel, as 4hr da matina.
No outro dia de tarde fui buscar o carro. Foi até engraçado, pois entrei no motel com meu irmão Diogo, porque o carro estava parado a bastante tempo e tive que reboca-lo, então levei meu irmão junto para vir na boléia do Galaxie.
Na mesma semana fiz o motor funcionar, estava em bom estado. Então comecei a andar com ele por uns tempos, a trabalho.
Em uma das tantas vezes que fui com este carro a Porto Alegre, levei meu amigo Ganso junto. Saímos de manhã cedo para passarmos o dia na metrópole. Tinham muitas encomendas por entregar, em vários bairros diferentes. E apesar do grande movimento de veículos e o estress de se dirigir em uma cidade grande, o dia transcorreu maravilhosamente bem.
Como de costume, fazia o que tinha por fazer durante o dia, e por algumas vezes, à noite, ia jantar na churrascaria de um amigo. Jantamos e fomos embora. Éra perto das 10hr da noite quando saímos de Porto Alegre, pegamos a BR116, indo em direção a Novo Hamburgo-RS. Vinhamos andando em uma velocidade boa, entre 110 e 120km/h.
Passamos pelas cidades de Canoas, Esteio, Sapucaia e tudo tranqüilo. Quando estávamos chegando a São Leopoldo, mais precisamente ao acesso da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de longe, avistei as sinaleiras (semáforos) do entroncamento de acesso a faculdade. O sinal estava vermelho para mim. Como nós vinhamos bem embalados e tem um leve declive naquela direção, coloquei ponto morto no Galaxie e deixei ele ir indo no embalo, diminuindo a velocidade por si só, gradativamente.
Quando estávamos a poucos metros o sinal mudou para verde, então, engatei uma terceira e dei gas. No exato momento em que estávamos para cruzar o entroncamento, andando em torno de 100, 110km/h, uma Fiorino cruzou as várias pistas. Já sentiram o coração literalmente gelar?? Foi o que senti. Só lembro que virei o volante, por puro refléxo ou instinto, sei lá. Tentei uma manobra impossível na velocidade que vinhamos.Para tentar evitar a batida, tentei entrar no acesso a Unisinos. Simplesmente o Galaxie atravessou as duas pista laterais cantando pneu, obedecendo o meu comando. Foi tão rápido que não lembro direito.
Mas a velocidade era alta demais para a manobra. Simplesmente o Galaxie trepou por cima do enorme trevo que tem ali. O impacto com os cordões (meio fio) do trevo foi assustador, o Galaxie bateu lateralmente neste meio fio com as duas rodas, dianteira e traseira, simultâneamente. O carro deu um grande "tranco"e ultrapassou estes cordões como um trator. Cruzei por dentro do canteiro central do trevo de lado. Lembro que na hora do impacto das rodas com os cordões, a minha porta se abriu! Imediatamente senti a mão do meu amigo Ganso segurando o meu braço, na tetativa de evitar que eu caisse para fora do carro!! Mas eu estava grudado ao volante como se tivesse passado um tubo inteiro de "bonder".
Com a minha porta aberta, via o gramado do canteiro passando a poucos centímetros do meu corpo, literalmente eu sentia a grama entrando para dentro do Galaxie!! Por uma fração de segundos, também vi o vulto das duas calotas esquerdas do galaxie voando como discos voadores!!
Fui sair no outro lado, na pista em que descem os carros que vem da universidade, em direção a BR116. O gramado fofo do canteiro central amorteceu a velocidade, mas o Galaxie não apagou o motor e o carro continuou andando, só que agora em baixa velocidade. Segui por alguns metros e paramos na lateral da via. Totalmente atordoados, saímos de dentro do carro.
Na minha cabeça, eu jurava que tinha batido em cheio na lateral da Fiorino, que tinha matado todo mundo dentro do outro carro. Que tinha havido uma grande desgraça, mas, neste momento parou um Monza ao nosso lado, era uma moça que estava indo em direção a universidade. Ela perguntou se nós estávamos bem e eu lhe respondi afirmativamente com um gesto da cabeça.
A moça nos disse que, assim que o sinal se fechara para ela, parou na sinaleira logo atrás da Fiorino. Não sabia dizer o porque, mas o cara que estava na sua frente arrancou e tentou cruzar a BR116.
Então eu lhe perguntei alterado: "- Como eles estão??? Muito machucados??"
E ela me respondeu: "-Foram embora, fugiram!!"
E eu novamente: "-Mas como??? O carro conseguiu andar???"
Ela: "-Não sei como, mas vocês não se bateram, entre o teu carro e a Fiorino não passava um fio de cabelo, mas, felizmente tu conseguiu desviar do carro e evitou a batida!!!"
Por alguns momentos não acreditei nas palavras da moça, pois eu tinha certeza que tinha batido, pois a Fiorino havia parado bem no meio da minha pista. O barulho de pneus cantando somado aos solavancos que passamos trepando nos cordões me fizeram acreditar em uma batida. É tudo muito rápido!! Tive um misto de alívio e raiva.
Bom ,aí fomos olhar os estragos no Galaxie. Resultado da brincadeira: balança inferior dianteira totalmente torta, duas rodas tortas sendo que a dianteira destruída e um pneu rasgado. Então coloquei o estepe na dianteira e fomos procurar as calotas. Achamos as duas, não sei como mas nem amassadas ficaram. Ficamos observando por algum tempo a trajetória do galaxie, os sulcos que se abriram no gramado do canteiro central eram enormes, a exata trajetória do carro ficou estampada no gramado. O meio fio onde as rodas bateram, eram bem altos e se quebraram!! Se fosse qualquer outro carro, tinha capotado quando bateu no meio fio. Dei graças a Deus por estar dentro de um Galaxie!!
Nesta altura, já passava da meia noite. E resolvi que iriamos embora com o Galaxie, assim como estava. Tinhamos ainda uns 70km para chegar em Taquara, foi uma viagem em compléto silêncio, só o que se ouvia éra o irritante e incansável lamento do pneu dianteiro cantando, pois a balança estava muito torta, cantou e berrou a viagem inteirinha. A roda traseira bem torta, fazia o carro balançar muito. Tive que ir a 30 por hora, não tinha como ir mais rápido. Quando cheguei em casa eram 3:30hr.
No outro dia consertei o Galaxie, tive que trocar a balança inferior esquerda, duas rodas, dois pneus e a ponta de eixo esquerda do diferencial.
Andei por mais alguns meses com o Galaxie, que me deixou duas vezes na mão. Como a procura por peças era grande, desmanchei o carro.
Na próxima postagem conto a história do meu 19° automóvel, um Dodge Dart de Luxo 1975, branco
No outro dia de tarde fui buscar o carro. Foi até engraçado, pois entrei no motel com meu irmão Diogo, porque o carro estava parado a bastante tempo e tive que reboca-lo, então levei meu irmão junto para vir na boléia do Galaxie.
Na mesma semana fiz o motor funcionar, estava em bom estado. Então comecei a andar com ele por uns tempos, a trabalho.
Em uma das tantas vezes que fui com este carro a Porto Alegre, levei meu amigo Ganso junto. Saímos de manhã cedo para passarmos o dia na metrópole. Tinham muitas encomendas por entregar, em vários bairros diferentes. E apesar do grande movimento de veículos e o estress de se dirigir em uma cidade grande, o dia transcorreu maravilhosamente bem.
Como de costume, fazia o que tinha por fazer durante o dia, e por algumas vezes, à noite, ia jantar na churrascaria de um amigo. Jantamos e fomos embora. Éra perto das 10hr da noite quando saímos de Porto Alegre, pegamos a BR116, indo em direção a Novo Hamburgo-RS. Vinhamos andando em uma velocidade boa, entre 110 e 120km/h.
Passamos pelas cidades de Canoas, Esteio, Sapucaia e tudo tranqüilo. Quando estávamos chegando a São Leopoldo, mais precisamente ao acesso da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de longe, avistei as sinaleiras (semáforos) do entroncamento de acesso a faculdade. O sinal estava vermelho para mim. Como nós vinhamos bem embalados e tem um leve declive naquela direção, coloquei ponto morto no Galaxie e deixei ele ir indo no embalo, diminuindo a velocidade por si só, gradativamente.
Quando estávamos a poucos metros o sinal mudou para verde, então, engatei uma terceira e dei gas. No exato momento em que estávamos para cruzar o entroncamento, andando em torno de 100, 110km/h, uma Fiorino cruzou as várias pistas. Já sentiram o coração literalmente gelar?? Foi o que senti. Só lembro que virei o volante, por puro refléxo ou instinto, sei lá. Tentei uma manobra impossível na velocidade que vinhamos.Para tentar evitar a batida, tentei entrar no acesso a Unisinos. Simplesmente o Galaxie atravessou as duas pista laterais cantando pneu, obedecendo o meu comando. Foi tão rápido que não lembro direito.
Mas a velocidade era alta demais para a manobra. Simplesmente o Galaxie trepou por cima do enorme trevo que tem ali. O impacto com os cordões (meio fio) do trevo foi assustador, o Galaxie bateu lateralmente neste meio fio com as duas rodas, dianteira e traseira, simultâneamente. O carro deu um grande "tranco"e ultrapassou estes cordões como um trator. Cruzei por dentro do canteiro central do trevo de lado. Lembro que na hora do impacto das rodas com os cordões, a minha porta se abriu! Imediatamente senti a mão do meu amigo Ganso segurando o meu braço, na tetativa de evitar que eu caisse para fora do carro!! Mas eu estava grudado ao volante como se tivesse passado um tubo inteiro de "bonder".
Com a minha porta aberta, via o gramado do canteiro passando a poucos centímetros do meu corpo, literalmente eu sentia a grama entrando para dentro do Galaxie!! Por uma fração de segundos, também vi o vulto das duas calotas esquerdas do galaxie voando como discos voadores!!
Fui sair no outro lado, na pista em que descem os carros que vem da universidade, em direção a BR116. O gramado fofo do canteiro central amorteceu a velocidade, mas o Galaxie não apagou o motor e o carro continuou andando, só que agora em baixa velocidade. Segui por alguns metros e paramos na lateral da via. Totalmente atordoados, saímos de dentro do carro.
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Desenho do trevo de acesso a universidade, na BR116 em São Leopoldo -RS |
A moça nos disse que, assim que o sinal se fechara para ela, parou na sinaleira logo atrás da Fiorino. Não sabia dizer o porque, mas o cara que estava na sua frente arrancou e tentou cruzar a BR116.
Então eu lhe perguntei alterado: "- Como eles estão??? Muito machucados??"
E ela me respondeu: "-Foram embora, fugiram!!"
E eu novamente: "-Mas como??? O carro conseguiu andar???"
Ela: "-Não sei como, mas vocês não se bateram, entre o teu carro e a Fiorino não passava um fio de cabelo, mas, felizmente tu conseguiu desviar do carro e evitou a batida!!!"
Por alguns momentos não acreditei nas palavras da moça, pois eu tinha certeza que tinha batido, pois a Fiorino havia parado bem no meio da minha pista. O barulho de pneus cantando somado aos solavancos que passamos trepando nos cordões me fizeram acreditar em uma batida. É tudo muito rápido!! Tive um misto de alívio e raiva.
Bom ,aí fomos olhar os estragos no Galaxie. Resultado da brincadeira: balança inferior dianteira totalmente torta, duas rodas tortas sendo que a dianteira destruída e um pneu rasgado. Então coloquei o estepe na dianteira e fomos procurar as calotas. Achamos as duas, não sei como mas nem amassadas ficaram. Ficamos observando por algum tempo a trajetória do galaxie, os sulcos que se abriram no gramado do canteiro central eram enormes, a exata trajetória do carro ficou estampada no gramado. O meio fio onde as rodas bateram, eram bem altos e se quebraram!! Se fosse qualquer outro carro, tinha capotado quando bateu no meio fio. Dei graças a Deus por estar dentro de um Galaxie!!
Nesta altura, já passava da meia noite. E resolvi que iriamos embora com o Galaxie, assim como estava. Tinhamos ainda uns 70km para chegar em Taquara, foi uma viagem em compléto silêncio, só o que se ouvia éra o irritante e incansável lamento do pneu dianteiro cantando, pois a balança estava muito torta, cantou e berrou a viagem inteirinha. A roda traseira bem torta, fazia o carro balançar muito. Tive que ir a 30 por hora, não tinha como ir mais rápido. Quando cheguei em casa eram 3:30hr.
No outro dia consertei o Galaxie, tive que trocar a balança inferior esquerda, duas rodas, dois pneus e a ponta de eixo esquerda do diferencial.
Andei por mais alguns meses com o Galaxie, que me deixou duas vezes na mão. Como a procura por peças era grande, desmanchei o carro.
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Nesta foto, da para se ver um pequeno pedacinho da traseira e da capóta do Galaxie, está em baixo do Charger vermelho com této branco. Parte esquerda da foto. |